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Resenha: Apôlion (Covenant #4) – Jennifer L. Armentrout


“Apôlion”(Covenant #4)
Jennifer L. Armentrout
Tradução: Vitor Martins
Bloom Brasil – 2025 – 312 páginas

Alex está prestes a despertar e se perder para sempre, pois Seth domina cada vez mais sua mente e seus poderes. Tudo que ele quer é se tornar o todo-poderoso através da fusão dos dois, mas Aiden está determinado a impedir que isso aconteça. Ao mesmo tempo, a guerra entre mortais e deuses mata milhares de pessoas, e Alex se vê totalmente dividida entre os dois lados. Será que ela vai ser capaz de contornar a manipulação de Seth para detê-lo?

Esta resenha obviamente conterá spoilers dos três primeiros volumes e para os que não leram ainda estes livros, indico ler a resenha do primeiro, “Meio-sangue” (clique AQUI) e descubra todos os motivos do mundo para se jogar neste universo. Já a resenha de “Puros”, o segundo volume da série, também pode ser lida clicando AQUI. Para ler a resenha de “Divindade”, o terceiro volume, basta clicar AQUI – avisando que cada resenha contem spoilers do volumes anteriores por motivos óbvios.

Com isso, preciso explicar que este livro foi, sem sombras de dúvidas, o pior de toda série. Talvez até mesmo o pior da Jennifer que eu tenha lido, e já li bastante coisa dela, podem acreditar. Talvez o problema tenha sido comigo porque comecei o volume anterior bastante irritada com o ritmo da história do triangulo amoroso, mas quando terminei a leitura daquele volume, a trama tinha me ganhando novamente, até por terminar com a Alex basicamente um apendece do Seth, ligados pelo vinculo Apôlion. Lendo o contro extra que vem naquele volume, “Elixir”, a leitura me deixou bastante ansiosa para “Apôlion”, o penúltimo livro da série, mas esse livro foi basicamente uma grande barriga de enrolação sobre a trama, que saiu um centímetro do lugar – e a justificava ainda foi o amor.

Bom… que droga. Encarei minhas mãos. Os dedos estavam bem, eu acho. Mas minhas unhas estavam lascadas e curtas. Mãos de uma sentinela — uma sentinela que matava daímônes. Subi as mangas do suéter. Marcas de mordidas esbranquiçadas cobriam meu braço direito. As marcas em forma de lua crescente eram um saco de esconder e estavam nos dois braços, assim como no meu pescoço. Eram tão feios, um lembrete horrível de que eu era prisioneira deles.
E, por mais que eu tentasse, não conseguia apagar da mente os rostos de todos aqueles meios-sangues massacrados nas Catskills… ou esquecer o olhar de Caleb quando viu a lâmina cravada em seu peito — uma lâmina que fora manejada por uma daímôn.
Caleb ficaria tão…  decepcionado não é nem a metade.

Já disse várias vezes que não sou ninguém para ficar falando mal do trabalho dos outros, mas a sensação que tive ao terminar a leitura de “Apôlion” foi tão frustrante que me peguei pensando em como iria transferir isso nesta resenha. Pegando do final estrondoso de “Divindade”, com Alex ligada a Seth, presa, depois tendo ficado sob o efeito do elixir e basicamente deixado de ter personalidade para Aiden e Marcus poderem controlar este vinculo, esperava bem mais da mitologia e de como iriam ajudar a salvar Alex dessa situação.

O livro começa sem Alex estar mais sob o efeito do tal Elixir (todo esse período é contado no conto extra de mesmo nome que vem ao final do livro 3) e completamente submissa ao Seth. Os pensamentos dela dão raiva de tão bobos que são, o chamando de “meu Seth” o tempo inteiro, e se tem algo que realmente me faz gostar da personagem é o seu humor sarcástico e suas tiradas usando o humor para esconder a dor e trauma, mas o que é entregue por páginas demais é uma Alex conversando com Seth por pensamento, presa, querendo encontrar o outro, chamado de primeiro Apôlion. Até que ela começa a pensar que talvez Seth não esteja fazendo as melhores escolhas seguindo Lucian, mesmo ainda dominada por todo aquele amor artificial.

Me apoiando sobre a pia, praticamente colei meu rosto no espelho. Meu reflexo estava ondulado, distorcido pela qualidade barata, mas eram os meus olhos que eu encarava.
Eles eram âmbar, assim como os de todos os outros Apôlions após o despertar. Era meio estranho vê-los daquele jeito, mas também me parecia certo. Como se eu tivesse me tornado o que estava destinada a ser. O que, bem, era verdade.
Inclinei a cabeça para o lado. O que meu Seth pensaria quando finalmente me visse — quando me visse de verdade — toda Apôlionzada? Ele ficaria feliz, ao contrário do Aiden, que odiava meus olhos…

Só que a coisa desandar porque podemos compreender que Alex não está pensando por ela mesma, está dominada e pensando que quer o que Seth quer porque é assim mesmo, mas ela começa a questionar o acordo com os daímônês porque em algum lugar dela, depois do que aconteceu com sua mãe e seu melhor amigo Caleb, ela sabe que aquilo não é certo. A partir dai, Alex começa a trabalhar contra o plano de Seth e entrega pra Aiden tudo que sabe – mas repito: ela está sobe o efeito do vinculo com Seth.

Para piorar, Jennifer decidiu usar um recurso que usou pontualmente no outro livro e foi bastante impactante, mas aqui ela lançou mão não só uma vez, mas duas, e sim, estou falando das aparições de personagens mortos. Quando você começa a trazer estes personagens de volta a cada dificuldade e para gerar reações nas personagens, a morte deles perde o impacto porque se era pra morrer, você espera que nunca mais apareçam, mas elas insistem em aparecer. Claro que estamos no mundo dos Deuses e os espíritos deles ainda estão vivos em qualquer lugar que seja, mas há uma perda do impacto da morte – e por falar em morte, ainda estou irritadíssima com a morte que aconteceu aqui, mas obviamente não falarei sobre e deixaria para reclamar na próxima resenha, que será do último volume, porque obviamente quero saber como a trama termina.

Um músculo saltou no maxilar do Seth.
Fiquei mais esperto, Alex. O que aconteceu com você é uma pergunta muito melhor. A garota que conheci teria ido contra o conselho sem pensar duas vezes. Ela continuaria odiando o Lucian, mas teria percebido que ele estava tentando fazer a coisa certa.
Não. — Virei a cabeça engolindo em seco.
Sim! — Segurando meus punhos com uma mão, ele tocou meu queixo com a outra, me forçando a olhar para ele, e odiei aquele brilho quase febril nos olhos dele. — Ele quer mudar o mundo.
Ele quer dominar o mundo, Seth! São duas coisas bem diferentes. E você não passa de um peão. — Acessei a fúria dentro de mim, me agarrando a ela. — Ele está te usando, Seth. Você costumava ser mais forte que isso, mas é um fraco… fraco por poder.
A raiva atingiu o rosto dele como um raio, e seu toque no meu queixo ficou mais forte.

O grande avanço neste volume foi a descoberta de qual Deus é o que está por trás disso tudo, e preciso dizer que me surpreendi 0. Novamente temos participações de Deuses favoritos de todos, mas muito se perdeu no impacto de vida/morte que insiste em se confundir e não se desenhar com clareza e eu nem sequer falei sobre o desfecho sobre a grande trama que parecia ser a central desse livro porque foi o amor que salvou o dia. No final das contas, quando esta narrativa termina, Alex sabe o que precisa fazer e o que terá de sacrificar para salvar as pessoas que ama. De resto, Aiden continua o tipico mocinho cadelo de amor, Seth pode se explodir no mesmo livro e, sendo sincera, nem sei se quero ler a série spinoff sobre ele e, de novo, deixo claro: não o comparem com Adrian Ivashkov. Quando o livro termina, você sabe que vai ler o próximo porque a série termina e você já esteve tanto tempo com Alex, Aiden e companhia que você quer ver como tudo irá terminar. Uma coisa que acho importante deixar claro que gosto bastante é como a série “Covenant” deixa claro que os Deuses brincam conosco e se importam 0, porque é exatamente como acho que seres superpoderoso mitológicos deveriam agir, mas isso é, claro, uma percepção pessoal.

Ao contrário dos outros volumes, este também não contem material extra. Como já falei bastante, o próximo livro, “Sentinela”, é o 5º e último volume e se encontra em pré-venda com brindes (clique AQUI para garantir o seu) e obviamente haverá resenha dele assim que possível para tirar o gosto ruim que este volume deixou.

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