FAQ: Cassandra Clare

Aqui você pode encontrar respostas para muitas perguntas comuns sobre minha escrita e meus livros. Se você está procurando respostas para perguntas sobre escrita, conselhos sobre escrever e/ou informações sobre como ser publicado, clique aqui. Se você estiver procurando informações para te ajudar com um trabalho de pesquisa, um projeto escolar ou uma redação sobre carreira, clique aqui.

1. Em que ordem devo ler “As Crônicas dos Caçadores de Sombras”?

A maioria das pessoas lê assim:
“Os instrumentos Mortais”
“As Peças Infernais”
“Os Artifícios das Trevas”
“As Últimas Horas”
e então – “Os Poderes Perversos”.

Livros como “Contos da Academia dos Cacadores de Sombras”, “As Maldições Ancestrais e “As Crônicas de Bane” devem ser lidos depois de ler “Os Instrumentos Mortais”. Eu leria “As Peças Infernais” antes de “Fantasmas do Mercado das Sombras”.

2. A árvore genealógica impressa em algumas cópias de “Princesa Mecânica” é imprecisa?

Sim, é imprecisa! Eu a criei há muito tempo e inicialmente não tinha planejado escrever “As Últimas Horas” ou qualquer sequência de “As Peças Infernais”. Porém, assim que tive a ideia da história e os personagens começaram a se desenvolver na minha cabeça, eu sabia que deveria desconsiderar a “árvore genealógica”. Caso contrário, eu teria que escrever “As Últimas Horas” atrelado a uma série de regras que eram o oposto da criação de histórias – porque quando criei a árvore, eu não pretendia que houvesse uma história nela. Há anos que digo que a árvore genealógica é imprecisa e para não oljar para ela como um guia do que aconteceria em “As Últimas Horas”, mas sei que esse tipo de informação é impossível chegar a todos.

Então, sim, os eventos de “As Últimas Horas” não correspondem à árvore genealógica, e isso é de propósito. A imprecisão da árvore genealógica é explicada dentro só universo do livro (Esme Hardcastle!), mas muitas vezes as pessoas querem saber se haverá uma árvore genealógica final que seja precisa. Após esta experiência, só posso dizer que só criarei uma árvore genealógica final quando souber que nunca mais escreverei outro livro sobre os Caçadores de Sombras!

3. Você pode explicar quais livros serão lançados a seguir e em que ordem?

Atualizado:
Mais ou menos! Em 2024 poderei dar uma ideia muito melhor da minha agenda definitiva. No momento, tenho sete (ah!) livros em preparação e outros estão planejados. Isso inclui o próximo livro de “O Portsdor da Espada”, “The Ragpicker King”, a próxima trilogia dos Caçadores de Sombras, “The Wicked Powers”, dois livros em uma nova série de fantasia YA e o terceiro na série “As Maldições Ancestrais”, “The Black Volume of the Dead”.

“The Ragpicker King” será lançado no início de 2025. Além disso, atualmente eu não tenho datas de publicação agendadas para os outros livros. Isso mudará em breve, então seja paciente!
Volte aqui para uma atualização no Ano Novo.

4. O que são “As Últimas Horas”? Os livros darao spoilees de “The Wicked Powers”?

“As Últimas Horas” é a última série publicada dos Caçadores de Sombras. Acontece em 1903 e apresenta Cordelia Carstairs – uma Caçadora de Sombras treinada desde a infância para combater demônios. Quando seu pai é acusado de um crime terrível, ela e seu irmão viajam para Londres na esperança de evitar a ruína da família. A mãe de Cordelia quer casá-la, mas Cordelia está determinada a ser uma heroína e não uma noiva. Logo Cordelia encontra os amigos de infância James e Lucie Herondale e é atraída para seu mundo de salões de baile brilhantes, encontros secretos e salões sobrenaturais, onde vampiros e feiticeiros se misturam com sereias e mágicos…

“As Últimas Horas” é uma espécie de sequência de “As Peças Infernais”. Não dá spoiiler algum de nenhum livro que ocorre na linha do tempo atual, como “Os Artifícios das Trevas” ou “The Wicked Powers”.

5. Sobre o que é a série “Os Instrumentos Mortais”?

“Cidade dos Ossos” é o primeiro de três livros da minha trilogia de fantasia urbana para jovens adultos, “Oss Instrumentos Mortais”. “Cidade dos Ossos” é sobre uma garota de quinze anos chamada Clary Fray, cuja busca por sua mãe desaparecida a leva a uma New York alternativa chamada Submundo, cheia de fadas misteriosas, feiticeiros festeiros, vampiros que-não-são-o-que-parecem, um exército de lobisomens e os demônios que querem destruir tudo. Ela também se vê dividida entre dois garotos: seu melhor amigo, Simon, por quem ela está desenvolvendo novos sentimentos, e o misterioso caçador de demônios, Jace. Ela se torna parte do mundo secreto dos Caçadores de demônios, ou Nephilim, e ao fazer isso descobre que resgatar sua mãe pode significar colocar o mundo inteiro em perigo. “Cidade dos Ossos” é seguido pelo segundo livro, “Cidade das Cinzas”, e o terceiro, “Cidade de Vidro”. Você pode encontrar todo tipo de informações detalhadas sobre esses livros no site de “Os Instrumentos Mortais”.

6. De onde você tirou a ideia para os livros de “Os Instrumentos Mortais”?

A ideia de “Os Instrumentos Mortais” me ocorreu uma tarde no East Village. Eu estava com uma grande amiga minha, que me levou para conhecer o estúdio de tatuagem onde ela trabalhava. Ela queria me mostrar que suas pegadas estavam no teto com tinta preta – na verdade, as pegadas de todos que trabalharam lá estavam no teto, se cruzando e formando padrões. Para mim, parecia que alguma batalha sobrenatural fabulosa havia sido travada ali por seres que deixaram suas pegadas. Comecei a pensar em uma batalha mágica em um estúdio de tatuagem em New York e a ideia de uma sociedade secreta de caçadores de demônios cuja magia era baseada em um elaborado sistema de runas tatuadas simplesmente surgiu na minha mente. Quando me sentei para esboçar o livro, eu queria escrever algo que combinasse elementos da alta fantasia tradicional – uma batalha épica entre o bem e o mal, monstros terríveis, heróis corajosos, espadas encantadas – e reformular através de uma visao modernas e urbanas. Então você tem os Caçadores de Sombras, que são esses guerreiros clássicos que seguem suas tradições milenares, mas nesses espaços urbanos e modernos: arranha-céus, armazéns, hotéis abandonados, shows de rock. Nos contos de fadas, era a floresta escura e misteriosa fora da cidade que continha a magia e o perigo. Eu queria criar um mundo onde a cidade se transformasse em floresta – onde estes espaços urbanos guardassem os seus próprios encantos, perigos, mistérios e belezas estranhas. Acontece que apenas os Caçadores de Sombras podem vê-los como realmente são.

7. Quando “The Wicked Powers” será publicado?

Para quem não tem acompanhado: “The Wicked Powers” é a última trilogia/série do universo dos Caçadores de Sombras. Acontece 3 anos após o fim de “Os Artifícios das Trevas”, e traz o destino de todos que conhecemos – desde os Blackthorns e Kit, até Jace e Clary, Magnus e Alec, e até mesmo Jem e Tessa, ao fim. Será lançado nos próximos anos; acomoanhe por aqui para detalhes.

8. Quantos livros existem na série “Os Instrumentos Mortais”?

Existem seis livros da série “Os Instrumentos Mortais”: “Cidade dos Ossos”, “Cidade das Cinzas”, “Cidade de Vidro”, “Cidade dos Anjos Caídos”, “Cidade das Almas Perdidas” e “Cidade do Fogo Celestial”.

As séries “As Peças Infernais” e “Os Instrumentos Mortais” alternaram em suas datas de publicação – um livro de “As Peças Infernais”, depois um livro de “Os Instrumentos Mortais”, depois um livro de “As Peças Infernais” e assim por diante! Como as histórias se cruzam e se interligam, pode ser divertido ler na ordem de publicação – embora, se você decidir não fazer, isso não afetará sua compreensão de nenhuma das séries. Elas se complementam, mas cada um é uma história separada.

9. Nós veremos Jace, Clary, Alec e os outros novamente depois de “Os Instrumentos Mortais”?

Sim, vocês irão, embora não como personagens principais. A história específica deles terminou, mas eles continuam sendo membros importantes do mundo dos Caçadores de Sombras e desempenham um grande papel em “Os Artifícios das Trevas” and “The Wicked Powers”. Você também pode vê-los nos livros de contos como “As Crônicas de Bane”, “Contos da Academia dos Cacadores de Sombras” e “Fantasmas do Mercado das Sombras”.

Magnus e Alec, é claro, têm sua própria série – “As Maldições Ancestrais”. Confira!

10. Você escreverá livros que não sejam livros sobre Caçadores de Sombras?

Sim! “O Portador da Espada” será o primeiro livro escrito para adultos da minha nova série, meu primeiro projeto de alta fantasia. Eu etou muito animada! Aqui está uma pequena descrição:

“Aqui, nasce um menino para governar uma cidade dividida. Uma garota está destinada a devolver a magia perdida ao mundo. E um príncipe trairá o seu povo para ganhar uma coroa. Eles descobrirão o lado sombrio de si mesmos e daqueles que amam, enquanto seu reino enfrenta a guerra, a peste e o fim da esperança. Mas a hora Maia escura da noite chega antes do amanhecer…”

Além disso, escrevi 5 livros de fantasia épica infantil (pense em “Percy Jackson” – isso é épico de nível infantil), coescrito com Holly Black (autora de “As Cronicas de Spiderwick”) chamada “Magisterium”. Você pode saber mais sobre Callum e sua equipe aqui.

11. Você pode falar um pouco mais sobre a série “Magisterium”?

“O fogo quer queimar, Call.”

Callum Hunt, de 12 anos, cresceu sabendo de cor três regras.

Nunca confie em um mágico. Nunca passe no teste que um mágico lhe der. E nunca deixe um mágico te levar ao Magisterium.

Call está prestes a quebrar todas as regras. E quando isso acontecer, sua vida mudará de maneiras que ele não pode imaginar.

“O Desafio de Ferro” é o primeiro livro de uma série de fantasia épica que coescrevi com Holly Black. “O Desafio de Ferro” foi lançado em setembro de 2014 pela Scholastic Books. O segundo livro, “A Luva de Cobre”, foi lançado em setembro de 2015, e o terceiro livro, “A Chave de Bronze, foi lançado em agosto de 2016. São cinco livros no total: um para cada ano de vida de Call, dos 12 a 17 anos, já como ele vem de um mundo onde crianças se tornam aprendizes e treinam para serem guerreiros e magos das trevas procuram derrotar até a morte. Não há muito mais que possa dizer sobre os livros agora, já que jurei segredo, mas sempre quis escrever com Holly e posso dizer com certeza que
a colaboração produziu personagens que amo e uma história que espero que vocês achem tão engraçado, sombrio, repleto de aventuras e inesperado quanto eu.

Saiba mais sobre o primeiro livro, “O Desafio de Ferro”, aqui.

12. Tessa algum dia aparecerá nas séries “Os Instrumentos Mortais” ou ” Os Artifícios das Trevas”?

Eu recebo essa pergunta o tempo todo, acho que porque muita gente sabe que Tessa aparece brevemente em “Cidade de Vidro”. (Ela é a garota de branco com quem Magnus está conversando durante a festa, no epílogo). Mas, infelizmente, responder mais envolveria muitos spoilers!

13. Você tem uma linha do tempo para os livros de “Os Instrumentos Mortais”? Você pode me dizer quando acontece o epílogo de “Princesa Mecânica”?

Sim, existe uma linha do tempo. É repleta de spoilers.

Você pode encontrar aqui.

14. E quanto a cenas especiais ou conteúdo extra?

Você pode encontrar todos os extras, cenas deletadas e trechos aqui.

15. Por que Coroinha é imortal?

Por causa da magia necromântica praticada nele pelas Irmãs Sombrias em “Anjo Mecânico”.

16. Você tem personagens favoritos em seus livros?

Eu não tenho! Seria como escolher um filho favorito.

17. Se Robert Lightwood e Michael Wayland eram parabatai, por que Robert não sabia que…
…Michael Wayland estava morto?

Muitas pessoas perguntam isso, provavelmente porque foi indicado em outro lugar que o parabatai pode dizer quando o outro está morto, embora isso dependa das circunstâncias e da força do vínculo.

Em “Cidade dos Ossos” e nos livros que vem depois, fica claro que os Lightwoods vivem “no exílio” após terem sido punidos pela Clave por seu papel na Ascenção. Existem algumas coisas que rompem os laços parabatai. Morte. Alguém se tornando uma Irmã de Ferro ou Irmão do Silêncio. Alguém se tornando um Ser do Submundo ou mundano. E exílio.

Como exilado, Robert não esperava sentir qualquer conexão com seu parabatai e não saberia que ele estava morto.

O próprio Robert diz isso em “Cidade do Fogo Celestial”:

Alec: “Você não parecia sentir tanto a falta dele, ou se importar com o fato de ele estar morto.”

“Eu não acreditava que ele estivesse morto”, explicou Robert. “Sei que deve parecer difícil imaginar; nosso laço foi rompido pela sentença de exílio decretada pela Clave, mas mesmo antes disso, nos distanciamos.”

1. Clary, Jace, Simon e cia são baseados em pessoas que você conhece? Os lugares dos livros são reais?

Alguns personagens menores são baseados em pessoas que eu conheço – os amigos de Simon: Eric, Kirk e Matt são meus amigos. Mas eu não estou escrevendo uma versão velada da minha própria vida. Esses personagens foram criados para preencher o que precisava na história e para serem eles mesmos. Ás vezes eles têm alguns aspectos de pessoas que eu conheço ou conheci, como o senso de humor de Simon e Clary ser uma artista. Jace, aliás, não é baseado em ninguém real.

Quanto aos lugares nos livros, obviamente Idris e seus arredores são inventados. A maior parte dos lugares de Manhattan – o Clube Pandemônio, o Instituto, a Livraria Garroway, o Hotel Dumont, Taki’s, são em lugares reais, mas não existem lá. O Cemitério de Mármore (Cidade dos Ossos) existe de alguma forma, e o Smallpox Hospital é um lugar real.

2. Você sempre quis ser uma escritora?

Essa pergunta sempre me fascina porque as pessoas perguntam isso aos escritores todo tempo e eu não sei bem porque. (Procure no google: “Você sempre quis ser escritora?” e você vai encontrar umas 3 mil respostas, todas de entrevistas com escritores.) Eu acho que tem essa ideia que chega um momento que você sabe que é um escritor, que é algo que está destinado a fazer. Ou talvez apenas um sentimento de que tem uma história interessante ali. Mas pra mim não foi realmente assim.

Eu sempre amei escrever. E ler. A maior parte das pessoas que amam escrever, começam amando ler. Eu comecei a escrever livros quando eu tinha uns 12 anos. Eles eram terríveis e em todo tipo de gênero. Eu escrevi um livro terrível de vampiro e um livro terrível de mistério e um livro terrível de romance e uma releitura de Arthur terrível. Então eu fui para a faculdade e comecei a fazer algumas aulas de escrita, e eu não gostava muito delas, e eu pensei que talvez não quisesse ser uma escritora de ficção. Depois da faculdade, eu fui jornalista e eu também trabalhava meio período em uma livraria para crianças. Foi trabalhando na livraria infantil e começando a reler os livros que eu li quando criança, que voltei a ter vontade de escrever. Eu comecei a escrever novamente, e passei por várias ideias de livros antes de me mudar para Nova York de Los Angeles, que foi o que inspirou minha ideia de colocar um livro se passando em Nova York e seus arredores. Depois disso, Cidade dos Ossos foi criado. Foi o primeiro livro que eu vendi para uma editora.

Em nenhum momento durante o processo eu lembro de pensar que eu era, ou estava destinada a ser, uma escritora. Eu gostava de escrever, era algo que me divertida, parecia lógico tentar fazer disso um trabalho.

3. Você tem recomendações de livros?

Eu tenho milhares e milhares de livros que eu amo. Eles estão por toda minha casa, ficando sob os pés e empilhados. Não tem como eu recomendar todos. Mas, vocês podem achar boas recomendações na página da minha amiga Holly Black.

4. Como você se inspira para escrever e continua inspirada para terminar o livro? Você tem uma rotina de escrita? Um lugar onde você escreve ou uma quantidade de tempo por dia?

Eu acredito em inspiração, mas não acho que isso é o importante. Pessoas ficam inspiradas o tempo todo – por um livro, um filme, um trecho de uma música, um por do sol, uma imagem, qualquer coisa. A maior parte dos momentos de inspiração nunca passam de um momento bom. Inspiração tem que ser anotada, então expandida e moldada e transformada em algo interessante ou importante e dá muito trabalho – desenvolver um conjunto de habilidades e aplicar elas e não esperar que seja fácil. Para citar Picasso “Inspiração existe, mas tem que te encontrar trabalhando”. Minha dissertação muito maior nesse tópico, e no tópico de não desistir do seu livro no meio, está aqui.

Agora sobre onde eu escrevo, eu tenho um pequeno escritório, grande o bastante apenas para se virar lá dentro. Em uma parede tem livros, na outra está meu computador e eu mantenho cartas de fãs e artes de fãs penduradas para encorajamento. Isso quando estou escrevendo em casa. Geralmente eu escrevo em cafeterias com amigos. Desde a pandemia, eu comecei a fazer uso de uma cabana de escrita ocasionalmente para acomodar os amigos seguramente e aproveitar a vista.

5. Você teve alguma aula especifica de escrita para se tornar escritora?

Eu tive alguma aula de escrita na faculdade. Eu me formei em Inglês, mas muitos escritores não fazem isso. Alguns se formam em escrita criativa, psicologia, filosofia e até matemática. Não tem um grau escolar ou requerimentos educativos para se tornar escritor, mas você sempre pode ter algumas aulas se quiser. A coisa mais significante que eu fiz foi ler bastante. Stephen King em “On Writing” diz para ler uns 70-80 livros no ano. Isso é um livro a cada quatro dias. Soa ótimo.

Uma explicação mais detalhada aqui.

6. Que tipo de pesquisa você fez sobre anjos, demônios e criaturas misticas para os livros dos Caçadores de Sombras?

Eu queria ter certeza que a mitologia dos livros fosse fundada em alguma mitologia já existente – não apenas mitologia religiosa ocidental, mesmo que tenha bastante disso, já como os livros tem uma pequena base em Paraíso Perdido e Inferno – então eu li bastante sobre mitologia do mundo, especialmente sobre coisas de bons e maus espíritos. Eu queria ter certeza de ter muitos tipos de mitos de demônios, então você vai encontrar Japoneses, Indianos, Tibetanos, e outros tipos de demônios representados (mais os que eu inventei). Eu li muitos livros antigos de “demonologia” – teve toda uma época em que estudiosos tinham obsessão em listar todos os tipos de demônios e mapear o inferno. Eu li mitologias de anjos e anjos caídos. Raziel, por exemplo, é um anjo da tradição cabalística judaica, que supostamente deu a Adão, no Jardim do Éden, um livro de sabedoria – ele é, às vezes, chamado de Anjo dos Segredos ou Anjo do Conhecimento. Então parecia que ele era o anjo perfeito para dar o Livro Gray para o primeiro Caçador de Sombras. Tem a mitologia de que os Nefilins são “filhos” de humanos com anjos, então obviamente é um mito que eu adaptei um pouco para servir aos meus propósitos. E assim por diante.

7. Que tipo de música você gosta? Você escuta música enquanto escreve?

Eu sempre escuto musica enquanto escrevo. Eu fiz playlists com as músicas que eu ouvi enquanto escrevia cada um dos meus livros. Vocês podem encontrar aqui:

Os Instrumentos Mortais
Cidade dos Ossos
Cidade das Cinzas
Cidade de Vidro
Cidade dos Anjos Caídos
Cidade das Almas Perdidas
Cidade do Fogo Celestial

As Peças Infernais
Anjo Mecânico
Principe Mecânico
Princesa Mecânica

Os Artifícios das Trevas
Dama da Meia-noite
Senhor das Sombras
Rainha do Ar e da Escuridão

As Ultimas Horas
Corrente de Ouro

8. Como você cria as frases engraçadas de Jace?

EB White disse uma vez: “Explicar uma piada é como dissecar um sapo. Você vai entender melhor, mas o sapo morre no processo.” A resposta é: eu não sei na verdade. Eu tenho muitos amigos divertidos. Eu sou bem sarcástica também. Eu fico de ouvidos atentos nas conversas divertidas que meus amigos tem e adapto algumas para meus livros. Se você realmente quiser saber como escrever coisas engraçadas, tem livros que ensinam, mesmo que eu tenha tendencia a pensar que ou você tem uma boa audição para o que é divertido – o que geralmente tem a ver com o momento e a escolha de palavras – ou você não tem.

9. Por que livros adolescentes?

Por que não? Falando seriamente, quando eu comecei a escrever “Cidade dos Ossos”, eu não tinha pensado em jovem adulto, apenas uma fantasia. Os personagens que simplesmente eram adolescentes. Em um momento eu fui chamada por uma editora que estava interessada no livro, mas queriam que eu “aumentasse” a idade dos personagens e fizesse eles adultos. Eu brinquei com a ideia por um tempo, mas sabia que não ia funcionar. Eu queria contar uma história sobre personagens num estagio crucial da vida entre a adolescência e a fase adulta, onde suas escolhas determinam o tipo de pessoa que você será ao invés de refletir quem você já é.

10. Você escreverá livros para adultos?

Escreverei e escrevi! Sword Catcher é o primeiro livro de uma alta fantasia adulta que estou escrevendo e estou bem animada com ele. Aqui uma pequena descrição: “Aqui, nasce um menino para governar uma cidade dividida. Uma garota está destinada a devolver a magia perdida ao mundo. E um príncipe trairá o seu povo para ganhar uma coroa. Eles descobrirão o lado sombrio de si mesmos e daqueles que amam, enquanto seu reino enfrenta a guerra, a peste e o fim da esperança. Mas a hora mais escura da noite chega antes do amanhecer…” Ele será lançado em 10 de outubro de 2023.

11. As varias referencias religiosas nos livros refletem sua própria visão de religião?

Sinto muito, gente. Minha visão religiosa é pessoal.

12. Quem é sua agente/editora?

Eu sou representada por Suzie Townsend e Joanna Volpe de New Leaf Literary. Minha editora nos Estados Unidos é Simon & Schuster. Eu também tenho editoras por todo o mundo – apenas chequem na lateral do seu livro para achar o nome da editora!

13. Você sabe onde a história vai dar quando você começa a escrever? Você faz um esboço?

Sim, eu sei onde uma historia/livro/saga vai quando sento para escrever. As histórias de “Os Instrumentos Mortais” e “As Peças Infernais” ficam em cima de muita desorientação e prenúncios cuidadosamente planejados – o que não seria possível se você não sabe onde está indo. (Sim, você pode voltar e reescrever um livro inteiro para colocar prenúncios, etc – mas você não pode reescrever livros que já foram publicados. Eu também escrevo melhor quando eu estou certa da estrutura – quando eu sei não só o que vai acontecer, mas quando precisa acontecer, quando as dicas precisam ser dadas, e quando e onde algumas coisas precisam ser enfatizadas. Eu crio uma linha de escrita não apenas para sagas, mas para livros individuais, não apenas os livros individuais, mas cada capitulo, cena por cena. Eu também faço uma linha do arco de cada personagem – onde começa, o que eles querem no começo, onde estão os momentos de desenvolvimento/descoberta, e como eles ficam no fim.

Mas isso não significa que é o único jeito certo de fazer as coisas – é apenas o que funciona pra mim. Algumas pessoas conseguem sentar e deixar rolar; eu não consigo. Não significa que eu não mudo nada se não está funcionando – eu mudo, então ajusto minha linha do tempo de acordo.

Para aqueles interessados, tem conselhos sobre como criar uma linha do tempo de um livro na minha página de dicas de escrita.

14. Encontrei um erro em um dos seus livros!

Erros acontecem. Eu cometo eles todo tempo, mas pequenos erros de escrita – letras fora de lugar, pontos bagunçados – são erros de produção. Não tem nada que eu possa fazer pessoalmente sobre esses erros, então se você encontrar algum no meus livros nos Estados Unidos ou no Canadá, use essa páginapara avisar.

15. Como você se sente sobre os trabalhos de fãs: artes e fanfiction?

Eu amo arte e coloco elas aqui no meu site.

E eu apoio a escrita de fanfic do meu mundo fictício, mas por razoes legais, eu não posso ler elas.

1. Você pode ler minha história/livro/poema?

Desculpe, mas por motivos legais, sem falar nas restrições de tempo, não posso. Por favor, não envie para mim (Isso inclui sinopses de sua história/livro/poema ou descrições detalhadas do enredo e dos personagens). Se quiser mais explicações sobre o porquê, leia isto. Eu sei que pode ser frustrante quando você sente que ninguém vai ler o que você escreve, então aqui estão alguns recursos online para encontrar grupos de crítica ou parceiros: Critters, para adultos e adolescentes, e Go Teen Writers, especificamente para adolescentes.

2. Eu sou um leitor que quer que você venha ler/autografar na minha cidade/estado! Você poderia? (Ou alternativamente: você alguma vez fará uma turnê/dará autógrafos na Austrália, Espanha, Alemanha, Nova Zelândia, Reino Unido e/ou qualquer outro local fora dos EUA?)

Primeiro, se você quiser saber onde irei dar autógrafos, verifique o link de Eventos no site. Isso lhe dirá quais cidades/países estou visitando. Se não estiver listado, não irei para lá, pelo menos não eu tão cedo.

Em segundo lugar, eu gosto muito de fazer sessões de autógrafos — conhecer leitores é uma das melhores partes do meu trabalho — e faço todos os esforços para me disponibilizar para fazer. A questão é: os escritores geralmente não escolhem onde vão em turnê. As tours são organizados por editores, não por escritores. Eu não escolho onde vou em turnê. Eu não o consigo enfatizar isso o suficiente.*

*[Isto é especialmente verdade quando se trata de países estrangeiros (Se eu quisesse viajar pela Espanha, por exemplo, eu não saberia por onde começar — não falo espanhol, não saberia onde ficam as livrarias, quais livrarias poderiam querer me receber, não seria capaz de contratar um tradutor, não seria capaz de organizar mídia e viagens. Os editores fazem tudo isso). Portanto, para viajar pela Espanha (apenas como exemplo), eu precisaria que meu editor me convidasse e definisse tudo isso acima.

No entanto, as únicas turnês que sei são as que estão na página de Eventos. Se não estiver na página de Eventos, não significa que eu. Não irei, apenas significa que eu ainda não sei. No momento em que sei, coloco essa informação na página. Portanto, se “Geórgia” não estiver na página de autógrafos, é absolutamente certo que minha única resposta à pergunta “Você vai autografar na Geórgia algum dia?” será: “Eu não o sei”.

3. Sou professora/bibliotecária/livreira e adoraria que você viesse ler/falar em nossa escola/biblioteca/loja. O que eu faço?

Informações sobre visitas a escolas e bibliotecas podem ser encontradas no site da Simon & Schuster.

4. Gostaria de um livro autografado para mim ou para dar de presente.

Eu gostaria de poder aceitar livros para autografar e devolver – eu costumava fazer isso, mas percebi que estava gastando de 4 a 5 horas por dia lidando com envios e livros autografados, e que isso estava realmente começando a me impedir de escrever. Então fiz um acordo com a Book Moon Books, uma livraria independente gerenciada por Kelly Link e Gavin Grant – eu me certifico de que eles sempre tenham cópias autografadas dos meus livros em mãos, e você pode encomendar um ou todos os livros ligando para a loja ou comprando on-line. Eles tem autografados livros capas duras, brochuras, caixas, etc., e podem ser enviados para qualquer lugar dentro dos EUA.

Se você estiver fora dos EUA e quiser um livro autografado, entre em contato com a Odyssey Bookshope eles poderão providenciar isso para você!

5. Você pode me enviar uma cópia autografada de um de seus livros para minha instituição de caridade/convenção/escola?

Eu gostaria de poder. Infelizmente, a ideia de que os escritores têm centenas de caixas com seus próprios livros espalhadas é imprecisa. Recebo 10 cópias gratuitas de cada livro da minha editora. É isso. Se eu quero mais, tenho que comprar. Portanto, esteja ciente de que o que você está pedindo é que eu compre uma cópia do meu próprio livro e o envie para você por um custo total de pelo menos US$ 20 dólares. Isso pode não parecer muito, mas multiplique por muitos pedidos e realmente faz sentido. Isso também não significa que eu quero que você me envie dinheiro para cobrir isso: eu não quero o dinheiro, e é legalmente complicado para mim até mesmo * vender* cópias do meu próprio livro diretamente: eu não devo vender. Eu também não quero que você me envie livros para autografar e devolver: fiz isso por um tempo, mas os livros se amontoavam na minha caixa postal toda vez que eu saía da cidade, e os caras da caixa começaram a enviar todos de volta para as pessoas que os enviaram, o que não funcionou pra ninguém. Isso tudo é um longo caminho para dizer que não posso realmente enviar cópias autografadas dos meus livros, mas posso enviar bookplates assinados, que você pode colar nas cópias dos livros, e então voilá, livro autografado. Então, se você precisar de um livro autografado para uma convenção, escola ou instituição de caridade, entre em contato comigo e providenciaremos um bookplate. Sinto muito, mas os bookplates autografados não são para indivíduos – apenas instituições de caridade e escolas.

6. Eu sou um escritor. Você pode ler meu livro e falar sobre?

Todos os pedidos de comentários/sinopses devem passar pela minha agente, Suzie Townsend.

7. Sou uma estudante que precisa de uma entrevista para um projeto de aula/um relatório/meu jornal do ensino médio/um artigo sobre seus livros/um projeto de carreira/qualquer projeto escolar. Eu posso lhe enviar uma lista de perguntas?

Eu sinto muito, mas não. Eu entendo que muitos projetos de carreira no ensino médio, aulas de negócios e jornais escolares pedem que você envie questionários aos escritores perguntando sobre sua escrita e sobre a escrita como carreira, mas recebo tantos deles todos os dias que, se eu me sentasse e respondesse a todas elas, é tudo que eu faria. Eu tenho aqui uma página com as perguntas e respostas mais comuns que aparecem nesses questionáriose você pode usar para aprimorar seu projeto.

8. Eu gostaria de usar os Caçadores de Sombras, seus personagens, Idris e outras coisas de seus livros no meu livro. Eu posso?

Coisas como personagens têm direitos autorais das obras em que aparecem – em outras palavras, sou dona, digamos, de Jace Wayland. Você pode brincar no meu mundo ficcional escrevendo fanfiction ou criando outras coisas de fãs, mas não pode usá-los no trabalho que pretende publicar, assim como não pode vender fanart ou mercadorias baseadas no meu trabalho – ou no de qualquer trabalho que não seja seu. Simplesmente não é uma boa ideia para ninguém. Os editores querem ver que você pode ter suas próprias ideias e personagens, então é muito melhor fazer isso!

[Traduzido por Equipe IdrisBR. Dê os créditos. Não reproduza sem autorização.]

Fonte

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