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Resenha: Spells, strings, and forgotten things – Breanne Randall

Sinopse:Na pequena cidade de Gold Springs, Calliope Petridi e suas duas irmãs guardam cuidadosamente o segredo de sua magia e o preço que devem pagar para praticá-la: memórias. Felizmente, tudo o que Calliope quer fazer é esquecer: a mãe que foi embora sem deixar vestígios, as irmãs de quem ela se sente cada vez mais distante e, acima de tudo, a maneira como o amor de sua vida despedaçou seu coração dois anos atrás.
Mas quando um mal misterioso desperta, o frágil fio que mantém as irmãs unidas se rompe. À medida que sua magia lentamente começa a desaparecer, Calliope acidentalmente se liga ao belo líder de um coven rival, infame por sua busca implacável por poder. Lutando contra a química enorme com um homem em quem não pode confiar, Calliope deve confrontar memórias de seu passado, segredos de família e magia antiga para proteger a cidade e tudo o que ama. Mas ela terá algo sobrando de si mesma?

Como vocês já sabem, essa resenha é em parceria com a Random House Internacional, de quem recebemos esse e-ARC (Advance reading copy: algo como “uma cópia de leitura avançada, ou seja, o livro ainda pode sofrer alterações antes de ser publicado). Também lembrando que essa resenha terá um formato diferente: por ser um e-ARC, não haverá quotes, já como os livros podem sofrer mudanças em seu texto antes de serem comercializados. Gostaríamos de agradecer profundamente a Editora pela oportunidade de parceria.

Eu escolhi esse livro para ler sem nenhuma pretensão: apenas li a sinopse e ela me agradou bastante, então pensei que seria uma leitura boa para passar o tempo e que eu gostaria. E nisso eu estava absurdamente certa.

Calliope e suas irmãs eram novas ainda quando a mãe delas simplesmente sumiu um dia sem deixar rastros. Thalia, sua irmã mais velha, estava com 18 anos na época em que isso aconteceu e por isso ficou por tomar conta de Calliope, a mais nova e grande vontade de viver e explorar não só o mundo, mas a magia delas, e Eurydice, a irmã do meio. Elas não tinham ideia do que aconteceu com a mãe ou se ela sequer estava viva ainda: o que elas sabiam é que a mãe falou que elas não se misturassem com nenhum bruxo das sombras e que mantivessem a grande arvore cheia de magia que elas protegiam, escondida de todos que podiam querer o poder que havia nela.

Thalia seguia rigorosamente as ordens da mãe: se afastou completamente da magia e do que podia fazer com ela. Eurydice não se afastou totalmente, mas tinha medo do que a magia requeria delas – caso elas precisassem usar algum feitiço, tinham que sacrificar uma memoria, se fosse um feitiço pequeno, uma pequena lembrança, um feitiço grande requeria uma lembrança maior e mais importante para as garotas. E, então, temos nossa personagem principal: Calliope que simplesmente não abria mão de sua magia e a usava para tudo, desde acender velas até mudar cores de roupas que usava, tudo tudo tudo, era feito com magia.

O relacionamento das irmãs é um relacionamento muito bom e que me chamou muita atenção durante o livro. Thalia quer ser perfeita, seguir exatamente o que a mãe mandou e não cometer nenhum erro. Eurydice é a apaziguadora, quando as duas irmãs, mais velha e mais nova, batem de frente, é ela quem tenta trazer a paz e o equilíbrio, enquanto Calliope gosta de viver a vida e isso muitas vezes acaba a metendo em grandes encrencas.

Por isso, quando o livro começa com Calliope tendo um pesadelo e, durante o dia esquisito que passa, ela começa a ter certeza que tem algo de errado com a arvore que elas deviam proteger, as duas irmãs mais velhas dela não acreditam no que ela diz. Acham que é apenas uma forma dela chamar atenção ou se meter mais ainda em encrenca. Thalia a proíbe de se aproximar da arvore, mas nós sabemos bem que ela não seguiria essa ordem – até porque se seguisse, não existiria realmente toda a trama que acontece no livro.

A arvore realmente estava passando por problemas: por toda a estrutura da arvorem existe um grande feitiço a cobrindo de linhas, como se fosse para a manter amarrada ali no lugar e uma dessas linhas está começando a falhar. Calliope, desesperada para manter a vida como ela é (mencionam bastante que, se a arvore perdesse a magia que a prende, tudo que elas conhecem iria para o espaço, a vida tranquila que levam seria virada do avesso), resolve então tomar conta do problema sozinha. Com isso ela acaba se metendo, novamente, em confusão.

Ela não resiste a força da arvore e quase é engolida por ela, sendo salva por um bruxo que “passava por ali” na hora: Lucien. Lucien é tudo aquilo que a mãe alertou Calliope e as irmãs que mantivessem distancia: é um bruxo das sombras que aparentemente – ou segundo ele mesmo diz – estava ali na cidade porque estava na busca de se aproximar de seu avó que tinha morrido fazia pouco tempo. O problema maior é que, com a ajuda do bruxo para se salvar, Calliope acaba conectada a ele por um laço, um laço que acaba enfraquecendo o que ela tem com as próprias irmãs.

Enquanto tenta arrumar um jeito de quebrar aquele laço indesejável com Lucien e manter o laço com suas irmãs intacto, Calliope também tem que lutar com a forma com que a arvore parece cada vez mais despida da magia que a mantinha segura para ela e todos na cidade – além de precisar lidar também com os estranhos sentimentos que tem em relação a Lucien.

Esse livro me ganhou completamente porque ele me mostra uma mistura de várias coisas: o filme “Da Magia a Sedução” com toda essa historia de maldição que as faz ter que abrir mão de suas memórias, o livro (e o filme) “Orgulho e preconceito” – que inclusive eles mencionam MUITO durante o livro – e também, segundo Vi quando eu comentei com ela sobre o livro, também lembra Charmed, que eu nunca assisti realmente.

O relacionamento das irmãs, como eu falei acima, é o grande condutor da história, assim como o relacionamento que Calliope tem com Lucien. Tudo nesse livro gira em torno de questões familiares e como elas moldam como nós vemos a vida e o mundo, como as coisas que nos acontecem desde novos, podem fazer cada um de nós reagir de uma forma diferente as situações que a vida coloca na nossa frente.

Só teve uma coisa no livro todo que me desagradou levemente, mas também não foi algo que me fez odiar o livro ou odiar o relacionamento sobre o qual isso me incomodou – e eu não posso falar porque isso seria um grande spoiler.

Eu fui até procurar se terá um segundo livro, não achei nada sobre, mas pelo Goodreads está marcado como “o livro um” de uma trilogia, então resta esperar mais novidades.

Ainda não existe nenhuma novidade se esse livro será publicado aqui no Brasil, mas espero que sim. E, se você tiver a oportunidade, estiver com vontade de ler um livro cheio de magia, amor fraternal e romance, esse livro é feito pra você.

Thanks for the free e-book, Penguin Random House International.

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