Resenha: Um Jogo do Destino – Scarlett St. Clair
Sinopse: Hades, Deus do Submundo, é conhecido por seus empreendimentos luxuosos e barganhas impossíveis. Procurado por mortais em busca dos mais fúteis desejos, jamais imaginou que a Deusa da Primavera em pessoa viesse até sua porta convidá-lo para uma aposta. Logo descobre que essa bela jovem chamada Perséfone é a escolhida pelas Moiras para ser sua amante e rainha. Logo ele, tão acostumado a estar no controle, se vê em um perigoso jogo, arriscando coisas que nunca sequer imaginou possuir.
Apesar da inegável atração entre eles, Perséfone, uma ambiciosa estudante de jornalismo, está determinada a expor Hades e seus meios cruéis no jornal mais controverso entre os Divinos. Mesmo diante de toda a imponência de Hades e de seu reino, ela é audaciosa e insiste em desafiá-lo a todo instante. Perséfone não sabia, porém, que seria tão difícil resistir aos encantos sedutores do Deus dos Mortos.
Nesse segundo volume da série, Scarlett St. Clair presenteia os leitores com o ponto de vista masculino, que acrescenta toda uma nova trama dos olimpianos, detalhes ainda não revelados, além de cenas inéditas ― e ainda mais quentes ― entre Perséfone e Hades.

Eu sei, eu sei, já está ficando chatissimo eu vir aqui em toda resenha falar como eu amo Hades e Perséfone. Porém, eu acabei de ler “O Jogo do Destino” que é, não a continuação, mas o ponto de vista de Hades sobre os acontecimentos de “Um toque de escuridão” que eu já resenhei e vocês podem ler AQUI. Por isso, eu não podia deixar de vir aqui elogiar aquele que é um dos meus casais favoritos, independente de qual adaptação ou qual história está sendo feita sobre eles.
“O Jogo do Destino” se passa durante os mesmos acontecimentos do primeiro livro dessa saga de Hades e Perséfone, e nos traz também uma vasta imagem de como funciona a cabeça do deus dos mortos. Se no livro de Perséfone, ela ficava confusa sobre como ele se sentia por ela, no livro dele nós podemos ver exatamente tudo que se passava na mente dele – e que ele já estava apaixonado por ela desde o primeiro minuto que a viu.
“Ele era louco, doente e violento. Como sequer poderia pensar que um dia seria digno de amor?”
Só que nem tudo é um mar de rosas e aqui nós podemos ver exatamente todos os tipos de lutas – internas e externas – que Hades teve que lutar para garantir que Perséfone ficasse bem, mas principalmente para garantir que ele não fosse ter ela arrancada de sua vida pelas Moiras. Aqui, no livro dele, nós vemos o grande papel que elas têm em como tudo se procedeu e como ele fez de tudo, realmente, tudo mesmo, para garantir que eles ficassem juntos.
Se tem uma coisa que eu gosto muito em livros de romance é quando o homem não só se apaixona primeiro, mas também fica absolutamente derrotado de amor. Ainda mais um homem poderoso como Hades. E ele fica irremediável perdido de amor por Perséfone, de uma forma que ele nunca sentiu nada parecido. Por isso ele enfrenta quem vem pela frente: seus irmãos, a mãe dela, uma nova ameaça que pretende destruir os deuses do olimpo.
“Um sentimento estranho o dominou, um que ele conhecia e odiava: vergonha. Se alguém pudesse ouvir seus pensamentos, riria. O Deus dos Mortos, esperançoso por amor, e, no entanto, era algo que ele não podia evitar.”
E isso é algo que eu amei muito. Enquanto no livro de Perséfone nós tivemos o ponto de vista de alguém que vive entre os humanos, que quer ser parecida com eles por acreditar que é igual a eles e que não tem poder nenhum, no livro de Hades nós vemos como as coisas se desenrolam entre os deuses, como eles discutem entre si e como lidam conosco, humanos.
Toda a politicagem e as ameaças que os deuses sofrem por pessoas que não acreditam neles e não acham que eles são bons, o que pode culminar em uma guerra que trará muito mais mortes do que o desejado. Além de também mostrar mais do relacionamento de Hades com os irmãos e com Afrodite – que foi quem fez com ele uma aposta que foi uma das coisas que o levou até Perséfone.
“- A arrogância é sempre punida, Teseu. Se não em vida, sempre na morte.”
Eu gostei muito de como Scarlett abordou tudo isso: tanto o ponto de vista do deus dos mortos, que mostra muito sobre como ele se sente – já como ele nasceu em uma época de guerra e escuridão e não sabe bem como sentir ou expressar seus sentimentos, desde toda a mitologia em volta. Teve várias coisas que remetem a mitos da Grécia Antiga presentes no livro e eu gostei bastante disso.
E, gostei mais ainda, quando li no final antes dos agradecimentos da autora, em que ela fala que futuramente pretende escrever um livro sobre Afrodite, porque se teve uma coisa nesse livro que me deixou mais curiosa – além do relacionamento do meu casal favorito, foi o jeito de Afrodite, as coisas que a levam a fazer o que faz e tenho muita curiosidade sobre o modo dela pensar.
Agora meu recado é para vocês, que nos acompanham aqui: você gosta de releitura de mitos? Então não perca tempo. Essa saga é feita para você! E mesmo quem não gosta, se gosta apenas de um romance bem quente (mas bem quente mesmo), você vai adorar esse livro. Dê uma chance!

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