Diário de Emma Carstairs

Décima segunda postagem oficial
Diário de Emma, 2ª postagem no diário

Querido Bruce,

Desculpe, faz tempo que não escrevo em você. As coisas estão um pouco malucas desde que Ty enviou o Sensor Fantasma. O que foi completamente legal da parte dele e nós decidimos que mesmo se não funcionasse, nós falaríamos que funcionou, mas no fim isso não importou. Definitivamente funciona. No minuto que nós tiramos do pacote, começou a fazer pequenos e estranhos estalos e bipes. Não parecia estar ligado a nada específico, era como se estivesse reagindo ao ambiente da casa, resmungando como um bebê irritadiço.

Julian decidiu usar como uma vara de adivinhação, seguindo onde os estalos e bipes ficassem mais fortes. Passamos provavelmente uma hora perambulando pela casa enquanto o sensor fazia sons de assobio como uma chaleira zangada.

Eventualmente o sensor nos levou para um dos corredores no andar de cima. Não tem nenhum móvel lá agora e parece um pouco abandonado, com pedaços de uma cortina estragada pendurada nas janelas e uma moldura vazia na parede. Também foi muito estranho ficar lá naquela sala com o sensor apitando, mas sem conseguir ver nada. Nós nos olhamos, pensando, Tem um fantasma aqui com a gente agora?

Naquele momento, eu lembrei de ter lido no diário de Tatiana Lightwood como ela escondeu as páginas de seu diário na parede. Eu fui até a parede e bati de leve. Jules entendeu o que eu estava fazendo no momento e começou a bater na parede também e nós encontramos um pedaço que fazia um som de eco. Nós encaramos aquele pedaço por um minuto antes de Julian falar: “Espera aí”. Ele desceu as escadas e voltou com uma marreta. Ele começou a bater na parede, mas eu o parei. “Eu acho que você devia tirar sua jaqueta enquanto faz isso. Talvez sua camisa também.

Obedientemente, ele tirou sua camisa, ficando só com a regata por baixo. Esse é meu namorado. Eu posso ter tirado uma foto.

Gesso começou a voar por toda a parte. Logo Julian tinha aberto um buraco na parede, revelando um vazio escuro atrás dela.

Julian deu um passo para trás enquanto eu enfiava a mão lá dentro. Não sei nem te falar em quantas teias de aranha eu toquei, Bruce. Foi nojento. Finalmente eu tirei um tanto de papéis antigos grudados juntos. Eu não posso deixar de pensar que eram as páginas antigas do diário de Tatiana, as que ela falou sobre destruir, mas elas estavam tão estragadas pela água que não pude ter certeza. Eu estava me perguntando se devia contar a Julian sobre o diário—por algum motivo eu não contei pra ele ainda—quando ele enfiou a mão no burado e puxou um pedaço de madeira que estava gravado com letras e números.
É uma tábua Ouija”, ele disse. “Dru queria uma de Natal ano passado.

Eu sempre pensei que tábuas Ouija faziam parte de uma superstição humana. Como a quiromancia, não algo que Shadowhunters deveriam levar a sério. Mas o sensor enlouqueceu, apitando com aqueles pulsos vermelhos que me lembravam o colar de Isabelle.

Devemos tentar usar?” perguntei. Julian franziu a testa. “Eu não sei. Quando estava procurando uma para Dru, descobri que essas coisas podem ser… perigosas.

Estou escrevendo isso agora deitada na cama. Julian já está dormindo, com gesso em seu cabelo. Ele está muito fofo. Enfim, nós decidimos tentar usar a tábua ouija amanhã. Nós somos Shadowhunters, podemos lidar com alguns fantasmas, certo?

Boa noite, Bruce. Eu acho que lerei um pouco do diário de Tatiana para dormir. Enquanto isso, aproveite a visão:


(Clique aqui para imagem maior)

[Traduzido por Equipe IdrisBR. Dê os créditos. Não reproduza sem autorização.]

Fonte

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