Carta de Julian para Magnus

Trigésima primeira postagem oficial
Carta de Julian para Magnus

Querido Magnus,

Anote essa data! Pela primeira vez estou escrevendo para você com respostas ao invés de perguntas. Eu sei que, provavelmente, você sentiu um pavor quando viu que era uma carta minha e considerou entrar no sistema de proteção a testemunha (Sistema de proteção de feiticeiros?), mas eu estou escrevendo apenas para te dar as últimas atualizações. E a boa notícia é que nós sabemos muito mais do que na última vez que nos falamos.

Primeiro: o fantasma na Mansão Blackthorn é Rupert Blackthorn, esposo de Tatiana. Ele ficou preso nessa casa por causa da maldição. O que nós achamos que aconteceu é que o espírito dele já estava na Mansão Blackthorn de todo jeito porque ele morreu aqui (e, de acordo com Tessa e Jem, em circunstâncias violentas). Mas então a maldição estava acabando depois que o pai de Tatiana morreu, já como era ligada a ele e Tatiana começou a fazer uma manutenção regular nos anos que vieram para que continuasse funcionando.

Nós não temos ideia de que Tatiana sequer sabia que o fantasma de Rupert ainda estava aqui em primeiro lugar ou se ela sabia que a maldição estava mantendo ele aqui — mas claramente estava e tem estado por todo esse tempo. Ele observou muitas coisas ao longo dos anos, eu suspeito.

A maldição funciona, ao que parece, por colocar objetos nas linhas ley que passam pela Mansão Blackthorn. (Isso foi bem esperto de Benedict, já como os objetos não estão na casa e assim a maldição não seria detectada por Shadowhunters procurando aqui. Ele não fez provisões para construtores fadas, sorte a nossa). E também porque Tatiana precisava manter a maldição em pé, ela periodicamente mudou os objetos com novas coisas que ela mesma encontrou. E ela pegou coisas dos Herondales, Carstairs, Lightwoods… as pessoas que ela odiava e seus filhos. Talvez ela pensou que o ódio faria a maldição mais forte, talvez ela apenas gostava da ideia de roubar daquelas pessoas e usar seus bens para seus próprios propósitos. Difícil dizer, mas não importa realmente. Encontre os objetos (que ainda não foram encontrados), acabe com a maldição, libere Rupert e então volte a arrumar a casa para que a gente possa viver aqui sem maldições.

UM ADENDO: Já é a manhã seguinte e eu tenho boas notícias. Rupert sabe onde os objetos estão! Ou, pelo menos, sabe os lugares que ele quer que a gente vá. A comunicação com Rupert ainda inclui muita interpretação. Nesse caso: nós chegamos para o café da manhã hoje para encontrar um envelope antigo que nunca vimos antes no meio do chão da cozinha. Qualquer que fosse a correspondência já tinha desaparecido a muito tempo e a escrita estava borrada, mas nós conseguimos pegar o endereço que é na rua Curzon, no centro de Londres. Algumas trocas rápidas de mensagens de fogo e nós descobrimos que o filho de Tessa, James, viveu em uma casa na rua Curzon algumas centenas de anos atrás. Ainda pertence aos Herondale, de fato, mas anos atrás, antes de Jace, provavelmente antes do pai de Jace, foi dada para o Fundo Nacional. Então está aberto para o público como um local histórico, mas eu acho que tecnicamente ainda pertence a Jace. Assim sendo, nós vamos lá, uns turistas que querem visitar uma casa histórica, esperando encontrar algo. Tessa disse que, até onde ela sabe, nenhum Shadowhunter viveu lá em muito tempo e se tem alguma antiguidade colocada lá por Tatiana poderia facilmente ter sido vendida ou colocada em um armazém, ou sabe-se lá onde. Rupert não saberia disso. Tem também o fato de não sabermos o quanto da casa é aberta ao público e como nós vamos procurar em partes que não são. Emma sugeriu que a gente colocasse Kit no telefone e fizesse ele falar que como Herondale ele nos dá permissão, mas não tenho certeza de como isso funciona.

Então a situação ainda está longe de ter acabado, mas nós fizemos algum progresso ao menos. E Emma gosta de pontuar que as coisas poderiam ser muito piores. Rupert poderia ser um poltergeist querendo vingança, sempre destruindo coisas ou tentando nos enlouquecer, mas ao invés disso ele parece reconhecer que a forma de conseguir o que ele quer é nos ajudando. Eu não acho que deveríamos depender dele para nos apontar para algumas peças que tem centenas de anos, mas nós temos um lugar para ir em seguida, e ainda temos o diário de Tatiana e o Sensor Fantasma de Ty. E eu me sinto muito melhor tendo um objetivo concreto.

E você deve estar pensando, bom, tudo bem, o que você quer de mim? E a resposta é: nadinha!

Obrigado de novo e nosso amor para Alec e todos aí.

Julian

[Traduzido por Equipe IdrisBR. Dê os créditos. Não reproduza sem autorização.]

Fonte

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