Cassie esteve no Bookstock Festival em Munique no dia 11 de outubro e foi feita uma live da entrevista com ela. O TMI source fez um resumo da entrevista dela lá e nós vamos trazer a tradução aqui para vocês.
Bom dia, boa tarde, boa noite!
Vocês podem ter visto no nosso instagram que Cassie esteve em Munique, na Alemanha, duas semanas atrás e hoje eu trouxe um resumo do Bookstock Festival! Eu estava animada de que Cassie estava voltando para a Alemanha depois de longos sete anos. A última vez que ela esteve aqui foi na Feira do Livro de Frankfurt em 2017 e nem tudo foi de acordo com o planejado da última vez.
Bookstock Festival é um evento para amantes de livros que começou online durante a pandemia e ainda é lançado online. Antes de seis diferentes autores aparecerem no palco na sexta à noite, o publico ganhou muitas coisas divertidas de livros: ecobags com as suas iniciais ou seu nome nelas, pulseiras da amizade, tatuagens removíveis e muitas coisas.
Cassie foi a última autora a subir no palco e, como sempre, foi maravilhoso ouvir ela!
Eu transcrevi pedaços da entrevista, mas vocês também podem ver ela completa logo abaixo.
Você começou a saga dos Caçadores de Sombras 20 anos atrás e […] agora você está prestes a completar a saga. Como você se sente?
Parece com o término de um relacionamento com alguém. Mesmo que você saiba que está na hora, ainda tem esse sentimento triste de não querer se despedir. Para mim, a última série no universo das sombras é “The Wicked Powers” e são três livros que eu apenas comecei o primeiro, então eu sei que eu tenho mais livros para escrever, por isso não preciso me despedir ainda. Eu não sei como vou me sentir quando chegar no último livro. Eu posso ficar meio que: ‘não, não vá! Volte! A gente consegue se entender!’
Enquanto você se prepara para encerrar uma saga, você começou outra. Em que tipo de mundo você está nos levando?
“O Portador da Espada” é um clássico livro de alta fantasia. Foi inspirada pelo meu amor por coisas como “Senhor dos Anéis” e “Game of Thrones”, então é um mundo completamente diferente que não está conectado ao nosso mundo como o dos Caçadores de Sombras, e é um mundo que foi influenciado pela história da Rota da Seda. Eu queria criar uma cidade que era o centro de uma cultura, então eu teria pessoas de todas as partes do mundo fantasioso indo para lá e eu poderia ter uma cidade que era diversa na forma que as cidades da Rota da Seda eram, porque muitas pessoas vinham para trocas e fazer negócios. A veia de Castellane é trocas e comercio, que eu sei que soa entediante como se fosse falar sobre taxas […] mas o ponto é que é ele é administrado por nobres muito ricos e muito corruptos que tem esse tanto de dinheiro e que isso faz com que eles façam tudo que eles querem fazer porque eles podem fazer de tudo, moralmente eles são muito problemáticos. Nossos dois personagens, eu tenho uma moça chamada Lin, que é parte do povo Ashkar, que é um grupo de minorias que vive dentro de Castellane e tem uma religião diferente do resto do pessoal, e ela é uma médica. E nosso outro personagem, Kell, que é o portador da espada no título e o trabalho dele é ser duble de corpo para o príncipe da cidade que é, relativamente – eu não vou dizer que ele é corrupto – mas ele é relativamente degenerado. Ele bebe muito, gasta muito dinheiro, faz decisões ruins. Eu o amo, mas ele seria um namorado terrível. Então o trabalho de Kel é ser ele em qualquer evento que ele possa correr algum risco, onde alguém possa tentar assassinar ele, para tomar o lugar dele. Seguimos essas duas pessoas através dessas histórias tortuosas de aventura e traição.
Como você começou a criação de Castellane?
Eu fiz muita pesquisa sobre o período da Rota da Seda, especialmente em Veneza, que era uma espécie de grande centro da Rota da Seda e como o governo trabalhava lá. Como eles lidaram com o comércio. Foi fascinante para mim, porque […] todo mundo veio para Veneza e havia uma enorme quantidade de dinheiro e por causa disso havia uma enorme quantidade de corrupção. Da forma como o sistema funcionava, havia um duque e havia um foral de dez famílias e esses comerciantes eram as pessoas mais ricas e tinham o maior poder. Então isso era algo que eu queria mexer, por isso é levemente baseado na Veneza daquela época.
Eu sei que você viajou muito quando criança, você viajou para fazer pesquisas para o livro?
Na verdade, sim. Tive algumas ideias para a ambientação do livro quando estava viajando com meu marido e íamos da Itália para a Turquia e […] essa rota faz parte da clássica Rota da Seda, então fiquei interessada em ‘Como funcionava a Rota da Seda? Quais foram os lugares envolvidos nisso?’ Existem duas Rotas da Seda diferentes; é muita pesquisa histórica, mas acabei indo a muitos lugares que inspiram lugares no livro. Acho que se você ler o livro, poderá ver os diferentes países do livro e como eles se comparam aos países reais do nosso mundo.
Como você não se perdeu na criação do mundo?
Acho que essa é sempre uma questão na construção do mundo, porque você pode simplesmente passar a vida inteira construindo cadernos com anotações sobre o mundo que você criou e a língua e a comida e o perfume e o dinheiro e os impostos e ninguém quer saber tudo isso […] Eu penso nisso como um iceberg, você cria muitas coisas que precisa saber, mas só mostra 10% delas, então tenho muito conhecimento sobre Castellane, a história e o mundo, mas eu acho que só tentei colocar no livro o que considero necessário para a história.
Os personagens têm cerca de 20 anos, então não é exatamente YA, na verdade é apenas A. Isso mudou a maneira como você escreve?
Sim, foi uma das coisas mais difíceis de me adaptar porque trabalhei escrevendo sobre adolescentes por muito tempo em jovens adultos e eles estão em um momento muito específico de suas vidas. Eles têm preocupações muito específicas e coisas muito específicas em que estão pensando. Quando você escreve YA, não é mais simples e nem menos inteligente, é apenas diferente e então, com os adultos, de repente tive que começar a pensar: ‘Ok, eles realmente passaram por esse estágio de suas vidas e agora, de repente, são pessoas que vão pensar sobre suas coisas, como suas carreiras, seu destino geral, seu lugar no mundo’. Eles estão tomando decisões muito importantes e não têm uma rede de segurança como os pais ou algo parecido. Na verdade, isso foi a maior mudança.
Pergunta de uma pessoa online: Você tem algum personagem favorito no universo dos Caçadores de Sombras?
Não consigo escolher um personagem favorito. Normalmente o que eu diria que Tess é a que mais se parece comigo e Simon é o segundo que mais se parece comigo, porque ele, como eu, é uma pessoa comum quando os livros começam e não tem nenhum poder. Ele não é um Caçador de Sombras e então é morto instantaneamente e é isso que aconteceria comigo. E então tem Magnus que é o mais divertido de escrever.
Você às vezes se pergunta como os personagens do seu livro lidariam com situações da vida real? Quem ficaria agitado primeiro na pandemia?
É uma excelente pergunta. Na verdade, passei muito tempo pensando em meus personagens durante a pandemia e qual deles lidaria bem com isso e qual deles lidaria mal. Na verdade, acho que Magnus ficaria bem. Eu sinto que ele passou por muita coisa em sua vida, e isso seria apenas outra coisa, mas eu sinto que Jace realmente não lidaria bem com isso. Ele precisa de muita interação com outras pessoas e atenção, então provavelmente ficaria triste e Alec teria que animá-lo.
Quanto tempo você vai permanecer no mundo de O Portador da Espada?
O segundo livro da série se chama [The] Ragpicker King e será lançado no início do próximo ano. Espero fazer mais dois livros no mundo depois disso, então para mim é apenas uma questão de cronograma. Estou animada para escrevê-los, mas é claro que estou comprometida em escrever “The Wicked Powers” e outra série, então é uma questão de encontrar tempo. Mas acredito que, com certeza, pode demorar um pouco, mas conseguiremos todos os livros.
“The Ragpicker King” já está em pré-venda na Amazon Brasil e você pode garantir seu exemplar em inglês e capa dura clicando AQUI.
Você também pode garantir sua cópia de “O Portador da Espada”, o 1º livro, com brindes, clicando AQUI. Já para garantir seu exemplar sem brindes, clique AQUI.
Aqui no Brasil, os livros dos Caçadores de Sombras são publicados pela Editora Galera Record. Até o momento, não temos informações sobre os 4 livros da campanha do Kickstarter, nem sobre a publicação de “The Wicked Powers” (“Os Poderes Perversos“, em tradução livre) e nem sobre a recém divulgada duologia “In Fire Forefold” (“No Fogo Anunciado“, em tradução livre).
O terceiro é último volume da trilogia “As Maldições Ancestrais“, também conhecia como trilogia Malec, se chamará “O Volume preto dos Mortos” e será publicado entre os livros de “The Wicked Powers“, confirme já falado por Cassie.
Os 3 livros de “The Wicked Powers” se chamam: “The Last King of Faerie” (“O Último Rei das Fadas“, em tradução livre), “The Last Prince of Hell” (“O Ultimo Principe do Inferno“, em tradução livre) e “The Last Shadowhunter” (“O(A) Último(a) Caçador(a) de Sombras“, em tradução livre).
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