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Resenha: Um jogo de retaliação – Scarlett St. Clair

Sinopse: O Deus dos Mortos não toma lados ou viola as regras. Não abre concessões quando se trata desses valores, seja para deuses ou mortais. Nem mesmo para sua amante, Perséfone, a Deusa da Primavera.
O medo costuma bastar para evitar a retaliação.
Mas não dessa vez.
Quando Hera propõe um plano para destronar Zeus, o Senhor do Submundo se recusa a ajudar. Como punição, a Deusa das Mulheres condena Hades a realizar uma série de tarefas. Entre matar monstros mitológicos e recuperar artefatos letais roubados, a prenda mais impossível é sempre a próxima. Para piorar, isso tira seu foco de Perséfone, que está vivendo uma tragédia particular e se questiona se é mesmo capaz de se tornar a Rainha do Submundo.
Será que Hades vai conseguir manter o equilíbrio pelo qual tanto preza?

Eu confesso que não sabia o que esperar desse livro depois de “Um toque de ruína”. Quando o terceiro livro, o segundo que era no ponto de vista de Perséfone, terminou, eu estava bem frustrada principalmente pelo comportamento dela durante toda a duração do livro – não só por conta do que aconteceu com a amiga dela, mas por todo o resto também. Porém, agora nesse livro, por mais esquisito que seja considerando que é no ponto de vista de Hades, eu consegui entender melhor a mente dela.

O quarto livro da série de Hades e Perséfone escrita por Scarlett St. Clair, começa exatamente no mesmo ponto em que o terceiro livro começa, mas dessa vez, como eu falei acima, ele vem no ponto de vista de Hades sobre todos os acontecimentos que também se passam no terceiro livro, então logo de início nós temos Perséfone e Hades que todos agora sabem estão em um relacionamento e isso aumenta ainda mais a curiosidade sobre quem seria a misteriosa moça “humana” por quem o inalcançável Hades se apaixonou. E isso deixa ele maluco.

“Era assim o amor deles? Esses dois extremos que pareciam tão desesperados o tempo todo?”

Não apenas por ciúme, apesar de ter um pouco disso, mas pelo medo e preocupação que ele sente que algo pode acontecer com ela. Por isso ele está sempre em alerta sobre tudo que está acontecendo com Perséfone quando ele não pode estar presente, tentando garantir a máxima proteção a garota.

O que claro que não dá sempre certo. Porque ao mesmo tempo em que Hades está preocupado com a segurança de Perséfone, ele também tem que lutar para conseguir manter o relacionamento deles em paz – isso tudo porque Hera agora quer tirar Zeus do trono e quer a ajuda dele. Quando Hades se nega a ajudar, ela então ameaça amaldiçoar o casamento dele com Perséfone salvo ele cumprir umas tarefas para ela – tipo os doze trabalhos de Hercules.

“O que não tem remédio remediado está. Não existem decisões que possam nos levar de volta ao passado, apenas escolhas que nos fazem seguir em frente.”

E é claro que são coisas que ele não quer fazer nunca, então ao mesmo passo em que ele cumpre as tarefas de má vontade, ele investiga quem esta por trás, ajudando Hera em seu plano e consegue sentir o tempo todo que estão à beira de uma nova guerra.

E foi exatamente enquanto isso acontecia que eu entendi a frustração de Perséfone porque eu também fiquei absolutamente frustrada com ele. É frustrante DEMAIS o fato de que ele não FALAVA as coisas para ela. Ele estava enfrentando tudo aquilo, uma chuva de horror e escondia as coisas que precisava contar.

“Ele matara amigos e monstros, negociara e sacrificara. Fizera acordos para proteger e prometer um futuro que estava começando a pensar que só ele queria.”

Dito isto: eu amo esse homem. Realmente. Ele é um dos melhores personagens masculinos que existe e uma das melhores adaptação do mito de Hades. Ele é exatamente como eu imagino que o deus é na história de toda a lenda. Assim como os outros deuses eu também acredito que são super bem representados na história que Scarlett está escrevendo.

O relacionamento de Hades e Perséfone é um dos melhores que eu já li, sem a menor sombra de dúvida. E eu estou ansiosa para saber o que vem pela frente nos próximos livros – e como eles vão lutar para superar tudo juntos.

“E, mesmo se o futuro dos dois se desfizesse, Hades lutaria por ele.

Desesperadamente.”

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