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Resenha: Wonderland: País das Maravilhas – Jennifer Hillier

Sinopse: DURANTE O DIA, UM PARQUE ALEGRE E VIBRANTE… À NOITE, UM REFÚGIO PARA O MAL. Uma tragédia na vida pessoal, seguida de um escândalo na carreira, leva a detetive de homicídios Vanessa Castro a buscar um novo emprego em outra cidade. Ela está determinada a recomeçar sua vida ao lado da família. A nova cidade é famosa pelo parque de diversões chamado País das Maravilhas, e representa para ela a esperança de um ambiente ideal para a criação dos filhos. Entretanto, o recomeço se mostra desafiador, especialmente agora que ela assumiu o cargo de chefe-adjunta da polícia da cidade. No seu primeiro dia de trabalho, duas ocorrências: um corpo encontrado no parque e o desaparecimento enigmático de Blake Dozier, um jovem funcionário do local. Sua investigação enfrenta alguns obstáculos. Afinal, o parque é um ponto turístico que atrai visitantes de diversas partes do país e gera milhares de empregos para a população local. Então, quando um escândalo afeta o parque prejudica também a cidade. E quanto mais Vanessa levanta questões, mais dúvidas aparecem… as pistas a conduzem a uma misteriosa rede de desaparecimentos que foram ocultados por décadas. E ao descobrir que Blake não é o primeiro funcionário a desaparecer, os rumores assustadores sobre o passado obscuro do lugar vêm à tona, mostrando que tudo o que buscou ao mudar de cidade ela não teria ali: paz e tranquilidade. Vanessa tem de ser cuidadosa e precisa agir rápido para que sua carreira não desmorone outra vez. Cercada por segredos, mentiras e corrupção em altos níveis, ela se encontra no centro de um jogo distorcido envolvendo um serial killer… e não há ninguém em quem possa confiar além de si mesma.

Eu estava com saudades de ler livro de suspense que realmente te deixa no suspense de saber o que está acontecendo ali e preciso dizer que nisso “Wonderland” não decepcionou. Eu fiquei até o ultimo minuto do livro tentando entender quem seria que estava por trás das mortes e ainda assim depois tive mais uma surpresa no final. Juro. “Wonderland” é aqueles livros que você não consegue parar até acabar.

O livro é dividido em vários pontos de vista: temos o da personagem principal, Vanessa Castro, que é uma policial que saiu da cidade grande para uma cidade menor com o intuito de seguir a vida – passou por um problema em seu trabalho antigo, um grande escândalo e também tendo que lidar com a morte de seu marido. Agora só o que ela espera é que ela e os filhos enfim tenham alguma paz.

“Esse era o problema de espiar o que está atrás da ilusão: as coisas nunca eram como pensávamos.”

O que é difícil de acontecer quando em seu primeiro dia ela já tem que lidar com um corpo encontrado no parque de diversões – que é o grande e mais importante lugar da cidade – e também com o desaparecimento de Blake, um dos funcionários de verão do lugar.

E Blake é um dos personagens com os quais Vanessa divide o ponto de vista no livro. O que deixa muito interessante porque nós podemos ver o que o garoto está passando no lugar onde está escondido. Além dos pontos de vista dos dois, nós ainda temos o ponto de vista da filha de Vanessa, que está começando a trabalhar no parque naquele verão também e de Oscar, CEO do parque.

“Porém, ele estava começando a se dar conta de que o amor era superestimado. O amor levava as pessoas a fazerem coisas idiotas. Coisas horríveis. Coisas terríveis. Coisas que sabíamos que eram muito erradas. Mesmo quando a pessoa que amamos não correspondia a nosso amor.”

Durante todo o livro nós vamos vendo o esforço de Vanessa não só pra resolver o mistério da morte e do desaparecimento de Blake, mas também para lutar contra o sistema completamente falho e corrupto da cidade, que coloca sempre os interesses do parque – que é tido como a salvação da cidade – acima dos interesses das pessoas que vivem ali.

Ao mesmo tempo que vamos vendo as coisas que a filha de Vanessa passa durante a estadia no parque e como tentam usar ela pra agradar a mulher e evitar que ela investigue mais a fundo em todos os horrores que acontecem ali, porque desde antes, na primeira vez que o parque foi aberto, coisas ruins aconteciam.

“Era o tipo de otimismo que só é possível sentir aos dezoito anos, quando se é velho o suficiente para saber o que quer, mas ainda jovem o suficiente para acreditar que vai conseguir.”

Me interessou bastante os flashes que tivemos sobre o passado de Vanessa, que contam como ela chegou ali na cidade e principalmente o porquê, o que envolve até mesmo a morte de seu marido e, no final das contas, minha única reclamação sobre o livro é as pontas soltas que isso deixou. Tipo, falta uma pequena explicação do porque as coisas chegaram onde chegaram, nós só vemos o quanto isso afeta Vanessa e também o relacionamento dela com outras pessoas.

Todo o suspense em torno de quem estaria por trás dos assassinatos é MARAVILHOSO. Fiquei de queixo caído quando enfim é revelado a pessoa por trás disso porque eu, sinceramente, nunca imaginei que fosse ser quem era. E, assim como falei ali em cima, não só a pessoa por trás dos crimes é surpreendente, como também tem ainda um plot twist a mais no final, me deixando chocada e apaixonada sobre como a mente de Jennifer, a autora, funciona.

No final das contas o livro é ÓTIMO pra se passar o tempo, principalmente pra quem gosta de livros de suspense e de crimes. Você vai sentir que aquelas pessoas ali importam, o que é um caso raro em muitos livros que já li. Mas principalmente serve pra deixar a gente boquiaberto e querendo muito mais.

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