Resenha: Silver Elite – Dani Francis
“Silver Elite”
Dani Francis
ARC recebido em formato digital gentilmente cedido pela Penguin Random House International
Editora: Del Rey Books
Data de lançamento internacional: 06 de maio de 2025
NÃO CONFIE EM NINGUÉM.
Wren Darlington passou a vida inteira escondida, aprimorando suas habilidades psíquicas e ajudando a Rebelião em pequenas ações. No Continente, ser Modificada significa morte certa — e Wren é uma das Mods mais poderosas que existem. Quando um descuido a coloca nas mãos do inimigo e ela é forçada a se juntar ao programa de treinamento de elite deles, ela finalmente tem a oportunidade perfeita para fazer um golpe devastador de dentro das fileiras deles.
MINTA PARA TODO MUNDO.
Mas treinar para o Silver Block pode ser mortal, especialmente quando você guarda segredos perigosos e vive em companhia de todos que querem sua morte.
E NÃO SE APAIXONE PELO SEU MAIOR INIMIGO.
À medida que as tarefas aumentam, Wren precisa provar seu valor para o Silver Block. Mas isso é mais fácil de dizer do que de fazer quando seu comandante é o implacável e irritantemente irresistível Cross Redden, que não deixa nada escapar quando se trata sobre ela. E enquanto a guerra se alastra entre Mods como ela e aqueles que desejam destruí-los, Wren precisa decidir até onde está disposta a ir para se proteger… e quanto do Continente vale a pena salvar.
Essa resenha foi feita pela parceria com a Penguin Random House International, que gentilmente nos cedeu esse eARC (Advance reading copy: algo como “uma cópia de leitura avançada”, ou seja, o livro ainda pode sofrer alterações antes de ser publicado) de “Silver Elite”. Também lembrando que essa resenha terá um formato diferente: por ser um eARC, não haverão quotes, já como os livros podem sofrer mudanças em seu texto antes de serem comercializados. Gostaríamos de agradecer profundamente a Editora pela oportunidade da leitura.
O aviso de inicio vai para duas coisas: a primeira é que distopia é um dos meus gêneros literários favorito da vida (provavelmente já li todos que vocês podem imaginar e sou fã real de “Jogos Vorazes”) e este é o tipo de resenha que não sinto prazer algum de fazer porque “Silver Elite” é ruim. Uma decepção. Tão previsível que te irrita. E bastante chato de ler. E ah, outro aviso: se você não gosta de cenas hot, este livro realmente não é pra você porque há mais de uma aqui.
Começando do começo (!), Wren é uma mulher de 20 anos que vive escondida com seu tio Jim em uma cidade rural. O mapa que veio com o eBook se assemelha ao formato dos Estados Unidos, mas com diversas partes inundadas e separadas do continente, levando o leitor a crer que a guerra com armas quimicas mencionada aconteceu, mas outras coisas também. O libro começa com Wren fugindo de um cara da guarda que ela passou a noite, deixando claro que a cidade tinha guardas que cuidavam para entregar todos os Modificados que podem existir escondidos ainda entre eles. Enquanto foge do rapaz, em vez de simplesmente dizer “Oi, foi bom, mas beijos e até nunca mais”, ela basicamente dá de cara com o cara mais lindo que ela já viu na vida (ela literalmente pensa nisso). Não demorei pra entender quem o cara mais lindo do mundo seria.
Depois entendendo que Wren pode falar por telepatia com seu tio, já como os dois são Modificados – e aqui pausa pra dizer que a sinopse não apresenta isso, mas durante a leitura de quase 600 páginas, fica claro que dentro do universo do livro, há o termo “Modificado” e também “Aberração” para se referir as pessoas que foram expostas a essa arma bioquímica e sofreram mutações, que foi transmitida geneticamente para seus descendentes, mas o ponto é que Modificados, ou Mods, é o termo dado para os que tem algum tipo de privilegio, como trabalhar pro governo ditatorial, por exemplo, e Aberrações são os que estão jogados na vida, o que faz Wren e seu tio Jim duas aberrações.
Enquanto está indo para casa, Wren usa seu poder, o qual mantêm escondido, claro, para dar um tiro certeiro em um garotinho que estava sendo atacado por um lobo. O tiro foi tão incrivel, mas tão incrivel, que chamou atenção de geral. Wren vai para casa e conta ao tio, que fica bastante irritado porque dizia pra ela não atrair atenção de ninguém, coisa que nem sempre Wren faz, mas salvar uma criança com aquele tiro faz com recebam uma visita na manhã seguinte – toc, toc, toc, 3 batidinhas na porta: é a polícia que persegue os Mods.
Jim é levado preso e Wren, que estava cuidando do rancho que viviam, foge e vai atrás da Rebelião (claro que tem uma) da qual o tio faz parte pedir ajuda. Para a surpresa da jovem (sério, ela se surpreende muito neste livro), a ajuda é negada. Desesperada, descobre que o tio será executado em praça pública, então ela vai lá assistir, mesmo sabendo que estavam procurando por ela. Na hora da execucação, ela se descontrola tanto que Incita (um dos poderes psíquicos do universo) oito guardas a quase se matarem e quando tenta fugir, dar de cara com o cara mais bonito do universo que ela viu antes lá no hotel onde ela passou a noite com o outro carinha: entra aqui Cross Redden, o filho do Comandante que matou o antigo Presidente e tomou o poder.
Em sua cela, Wren conversa mentalmente com seu amigo psíquico com quem fala desde criança. Ela nunca disse quem era, ele nunca disse o nome real, e os dois se chamam por Lily e Wolf. Isso é apresentado no começo do livro e se eu tiver de falar sobre isso, juro que vou começar a reclamar tanto que escreverei 3 páginas sobre esse plot infantil e bobo, que lembra (e muito!) a perfeita trilogia “The Lynburn Legacy”, de Sarah Rees Brennan (se eu tenho uma magoa do mercado editorial Brasileiro é que essa trilogia NUNCA vai pro BR porque ela tem um dos finais mais perfeitos da vida).
Mas a cereja do bolo que também ainda não comentei é que o “silver”, ou seja, “prata”, mencionado no titulo é porque quando os Mods usam seus poderes, as veias deles ficam prata, mostrando que a pessoa não é um humano comum – mas claro que Wren não tem essa característica e claro que vão existir mais pessoas por ai que também não ficam com as veias pratas. É, amigos.
Voltando a linha do tempo, Wren é penalizada depois que uma grande psiquica tenta entrar em sua mente e não consegue porque o escudo (um dos poderes que os psiquicos tem) dela é tão forte que impede simplesmente a maior de todos de conseguir ler seus pensamentos, enganando a mulher. Mesmo tendo passado no teste e com a desconfiança do governo, a jovem mulher continua sob a tutela do Estado pela desconfiança do tio dela ser um rebelde e ela jurar que não sabe de nada e do tiro certeiro lá do começo da história. A pena dela vou deixar para vocês adivinharem: ir para a prisão ou entrar no programa de Elite do governo ditadorial no qual ela poderá ter acesso a missões especiais e mais treinamento ainda? Nem faz sentido.
Já falei e repito: me sinto ninguém na fila do pão para falar do trabalho de outra pessoa, mas aqui temos uma sucessão de clichês todos absurdamente mal colocados de uma forma que se você já leu algum livro anterior na sua vida, você vai descobrir TODOS (estou falando sério) os enredos e tropes do livro. É tão absurdo que os questionamentos que trago neste resenha e todos outros que não farei por entregarem todo a trama, são motivos de conversas entre os personagens – acima não falei sobre o absurdo dela ser enviada para o programa de Elite do governo? Pois então, uma hora uma personagem que está se tornando amiga de Wren questiona isso e chega a brilhante conclusão de que: “Ah, acho que estão te forçando a provar sua lealdade!!!!”.
A escrita de Dani Frances é boa, objetiva, mas repetitiva à exaustão. Quando terminei a leitura, fiz questão de ir no Goodreads ver se somente esta que vos escreve achava que este livro foi um total fracasso, mas me deparei com bastante pessoas o amando – e outras achando exatamente a mesma coisa que eu: clichês repetitivos, trama que não apresenta nada de novo e a falta de surpresas em toda narrativa, nem mesmo quando a autora se esforça muito. Não temos qualquer informação sobre a publicação de “Silver Elite” até aqui, mas talvez ele chegue, já como está sendo vendido como “a volta das distopias”. E reforçando, este livro não funcionou pra mim, mas talvez funcione pra você. Ou não.
Thanks for the free book, PRH International.
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