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Critica: Um Amor, Mil Casamentos

Um amor, mil casamentos (2020)

Direção: Dean Craig

Elenco: Sam Claflin, Olivia Munn, Eleanor Tomlinson, Joel Fry, Tim Key, Aisling Bea, Jack Farthing, Allan Mustafa e Freida Pinto

Gênero: Comédia

Sinopse: Um Amor, Mil Casamentos apresenta diferentes versões de um mesmo dia que se repetem para Jack (Sam Claflin). Ele terá de lidar com diversas confusões com uma ex-namorada, seu melhor amigo, um convidado com um segredo e um romance em potencial na festa de casamento de sua irmã.

O trailer dessa comédia romântica da Netflix já começa chamando atenção pelo elenco e pelas tiradas clássicas num ambiente perfeito para situações inesperadas: um casamento. Com Sam Clafin e Olivia Munn a frente, fica fácil se encantar a primeira vista por essa nova/velha história. O problema é que o filme nunca supera a primeira impressão…

Com um início promissor com encontros/desencontros entre o casal principal, a narrativa abusa dos clichês cômicos – do amigo sem noção às tiradas sarcásticas, passando pelos discursos bêbados e cenas de mal-entendidos. E flui! É clichê porque de fato, funciona. O que não funciona é o que acontece fora dos momentos engraçados. Nem mesmo o elenco tão promissor consegue salvar o espectador do tédio.

Claro que um casamento é terreno fértil para situações tanto românticas quanto engraçadas, e aqui o roteiro tenta usá-las de todos os modos possíveis, inclusive com uma mudança no tempo-espaço que nunca é explicado (e também não é o objetivo do filme, então tudo bem). O que não está tudo bem é o desgaste de uma dessas versões que se alonga e se arrasta sem que nunca quem assiste passe a de fato se importar com os personagens, em detrimentos de uma correria desenfreada, como se os roteiristas tivessem percebido que a proposta ainda não havia sido explorada.

Com personagens desinteressantes e uma narrativa pouco convincente – em nenhum momento o ódio da ex do protagonista é explicado ou alguém de fato acredita que aquelas duas pessoas (a ruiva irmã do protagonista e o noivo) queiram se casar. E se fica ruim citar os personagens por descrição e não por nome, a única defesa é que são tão monótonos que nem uma pesquisa no Google para achar essa informação vale a pena.

Seguindo uma linha de roteiro fácil, teria tudo para ser mais uma daqueles filmes água-com-açúcar-e-final-feliz que todos amam e reassistem diversas vezes por ser exatamente o que é, ‘Um Amor, Mil Casamentos’ falha no romance, chega muito perto de falhar na comédia e faz sua hora e meia de projeção se arrastar por mais tempo do que o desejado.

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