11.01

Cassie respondeu algumas asks em seu tumblr onde ela fala de Julian e Emma e fala também sobre Cristina e o empoderamento feminino. Lembrando que tudo contem SPOILERS de “Queen of Air and Darkness” , então leia por sua conta e risco!

emmablackthxrn: Você pode nos dizer algo sobre as futuras aparições de Julian/Emma? Tipo, não como eles aparecerão, mas eu acho que alguns de nós estão preocupados que não vamos vê-los novamente e eu acho que saber se eles farão algumas aparições futuras seria uma boa confirmação!

Vocês certamente os verão novamente em participações futuras.

velmakclly: Qual é a VERDADEIRA pronúncia de thule?

Rima com “rule” (regra, em português)

r****: Oi! Eu amo Cristina como uma personagem, mas nesse livro eu senti como ela só estivesse lá para fazer parte de Kierarktina. Digo, a maior parte das cenas dela foram com Mark ou Kieran ou os dois e para mim ela não tinha outro papel além do relacionamento.

Cristina começa o livro espiando a Tropa (sozinha). Ela leva a informação de que Horace foi eleito Inquisidor, e como. Ela está lá para confortar Emma sobre a morte de Livvy, e Emma confia nela com a tarefa de entrar em contato com Catarina Loss quando ela retorna para Los Angeles e investigar o mistério das linhas ley. Cristina fala com Catarina (sozinha), vai investigar as linhas ley (sim, com Mark) onde eles lutam com demônios harpia; ela vai para o mundo das fadas para salvar Emma e Julian, vai até Adaon conseguir ajuda para salvar Emma, Julian, Clary, Jace, Mark e Kieran; ela luta em uma batalha contra os Redcaps e o Rei Unseelie; ela entra em uma guerra e pessoalmente mata Oban, o novo Rei Unseelie, com as próprias mãos, literalmente mudando a história com isso. E por aí vai.

Então nós realmente pensamos que o único papel dela foi fazer parte de um relacionamento?

O que não quer dizer que o relacionamento dela com Mark e Kieran é importante pra ela. É sim. Assim como todos no livro tem relacionamentos que são importantes para ele. Cristina se importa com sua própria vida amorosa e sua própria vida emocional. Mas eu não acho que isso é uma coisa negativa, e eu acho que levar para esse lado pode ser meio problemático. Talvez mais do que meio.

Olhe, eu apaguei o nome de quem me perguntou isso porque minha resposta é meio critica e eu não quero machucar os sentimentos de ninguém, mas isso é algo que eu vejo sendo dito sobre basicamente qualquer personagem feminina que ousa ter uma vida romântica que ela leva a serio e se importa. É uma reclamação misógina vestida como uma linguagem progressiva de que é lamentável que uma personagem feminina esteja lá “apenas pelo romance”. Também não é difícil de pensar que isso tem a ver com raça, ou sobre o fato de que isso é uma reclamação que é feita especialmente sobre personagens femininas de cor – tanto a negligencia de suas contribuições para a história, quanto a negatividade em relação à vida amorosa que são levadas a sério.

Eu recomendo ler esse essay abaixo: enquanto é especificamente sobre personagens femininas negras, isso é algo que eu vi ecoar por todo lado em discussões sobre a reação dos fandons quanto a retratação de mulheres negras:

(Aqui, em inglês)

Cristina é uma forte e poderosa personagem latina que no final da trilogia mata o Rei da corte Unseelie em um único combate. Ela também é adorada por dois garotos gostosos que ela ama, e algumas vezes eles estão com ela quando ela faz as coisas, como ir em celebrações perigosas das fadas, tirar pessoas da cadeia, ou participar em guerras. Isso não faz essas cenas sobre eles ou sobre o romance dela com eles. A maior parte das cenas em livros é sobre mais de uma coisa, mas isso é outra discussão.

Sobre a coisa dos dois interesses românticos, você pode sentir que já viu em livros onde a garota em questão é branca (mesmo que poucos se resolvam como acontece com esse). Mas parte da razão que eu quis dar a Cristina uma grande e épica historia de amor onde ela é emocionalmente e fisicamente adorada por dois garotos poderosos é porque sim, garotas de cor não veem/não tem isso todo o tempo, ou quase nunca. Eu não acho que isso faz Cristina “não ter nenhum outro papel” – eu acho que você tem que deliberadamente ignorar muito da história dela para acreditar nisso. Mas eu acho que é interessante como isso acontece muitas vezes quando se trata de mulheres de cor: como muitas vezes as coisas que elas conseguem são negadas ou ignoradas. Eu também acho que vale a pena ler todas as reflexões escritas por mulheres de cor sobre esse tópico que “fortes garotas solteiras que não precisam de um interesse amoroso” pode ser algo empoderador para mulheres brancas, não é – pela forma que mulheres de cor vêm sido deixadas de lado em historias românticas – algo tão empoderador para mulheres de cor. Tem outro grande texto aqui que fala sobre a linha de discussão de que uma história de amor para uma mulher de cor “diminui” o papel dela de algum jeito:

Muitas vezes mulheres negras são consideradas “maravilhosas demais” (Michonne), ou “muito feminista para” (Martha Jones) ou “muito boa para” (Abbie Mills) um interesse amoroso e isso diminuiria a personalidade dela. A vida amorosa dela é repetidamente referida como algo que seria uma distração na série – mesmo que seja uma série onde todo mundo tem relacionamentos…

Toda “essa personagem feminina de cor que tem uma história romântica grande não tem nenhum outro papel além desse relacionamento apesar de todas as coisas que ela faz” não é uma nova discussão na fandom: as discussões na mídia tendem a seguir padrões formados pela nossa própria cultura e percepções. Eu apenas encorajo pessoas a ler os muitos relatos de mulheres de cor nesse tópico (procure pela tag “misogynoir”) e considere que feminismo é interseccional e não “um tamanho cobre tudo”, e que Cristina ser uma rainha e adorada por garotos lindos talvez não seja uma coisa tão ruim. E que, se Cristina não matou o Rei da Corte Unseelie e mudou o curso do futuro, quem exatamente fez?

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