23.12

Cassie respondeu uma ask em seu tumblr hoje onde ela fala sobre universos alternativos e como isso se encaixa no mundo das Sombras. Lembrando que CONTEM SPOILERS de “Queen of Air and Darkness”, então leia por sua conta e risco:

manuadurbinshadow: Oi, Cassie! Eu amei Thule – provavelmente minha parte favorita do livro – especialmente por ver novamente um certo vampiro que eu sinto MUITA falta! – Mas não tenho tanta certeza de como esses outros mundos vão funcionar. Tipo, eles são universos diferentes criados para uma coisa crucial acontecendo tão diferente? Então um evento especifico criou Edom e fez os Shadowhunters falharem também? Ou em outro universo em que, digamos, Tessa, Will e Jem ficaram os três juntos, ou a kelpie em “Queen of Air and Darkness” se tornou Rei Unseelie? #teamkelpie. E, finalmente, Thule foi inspirado por algo especifico?

A existência de Thule funciona nas regras da ideia do multiverso – algumas pessoas provavelmente ouviram deles em quadrinhos da Marvel ou X-Men. A ideia de universos paralelos é uma hipótese cientifica real, e tem muitos tipos de universos paralelos que os cientistas propuseram. Tem um artigo sobre eles aqui (em inglês) que explica que o que Thule é, é chamado de “Daughter Universe”:

Ou talvez universos múltiplos possam seguir a teoria da mecânica quântica (como as partículas subatômicas se comportam), como parte da teoria “daughter universe”. Se você segue as leis da probabilidade, sugere que para cada resultado que poderia vir de uma de suas decisões, haveria uma gama de universos – cada um deles com um possível resultado que aconteceria. Então em um universo você aceitou aquele trabalho na China. Em outro, talvez você estivesse no caminho e seu avião pousou em um lugar diferente e você decidiu ficar. E assim por diante.

Durante os anos, nós vimos milhares de variações dessa teoria na ficção, de “De Caso com o Acaso” (onde duas historias acontecem lado a lado, uma com a personagem principal perdendo o trem e a segunda com ela conseguindo pegar o trem), e “Dimensões Paralelas”, onde os personagens principais viajam de um mundo paralelo para outro, cada um deles levemente diferente, até “Fringe” onde existe um universo alternativo povoado por duplas dos personagens que vivem no nosso, ou “Buffy”, onde tem um universo paralelo governado por vampiros, até mesmo em “Sobrenatural” onde (de acordo com a Wikipédia, eu não assisti) “muitos episódios lidam com universos paralelos, particularmente na 13ª temporada, que tem universos paralelos conhecidos como o Mundo do Apocalipse e o Lugar Ruim… Mundo do Apocalipse é descrito como um obscuro mundo pós-apocalíptico onde os protagonistas de Sobrenatural, Sam e Dean Winchester, nunca nasceram e então não puderam parar o fim do mundo.”

Universos alternativos/historias paralelas na ficção existem antes da teoria cientifica. De acordo com “TV Tropes”: Exemplos de historias alternativas podem ser encontradas na literatura desde antes do primeiro século depois de Cristo, o historiador Romano Livy* escreveu uma tese sobre o que poderia ter acontecido (Ab Urbe Condita, livro 9, capítulos 17-19) se Alexandre, o Grande, tivesse invadido a Europa ocidental ao invés do Oriente Médio. Isso é até parte do folclore. “Um motivo é que a maneira como o tempo flui em um universo paralelo pode ser muito diferente, então um personagem voltando para o outro pode descobrir que o tempo passou muito diferente para aqueles que ficaram para trás. Isso é encontrado no folclore: O Rei Herla visitou o mundo das fadas e voltou três séculos depois; mesmo que apenas alguns dos seus homens viraram cinzas ao se desmontarem dos cavalos, Herla e seus homens que não desmontaram, ficaram presos nas costas dos cavalos, essa sendo uma das historias que fundaram a origem da Caçada Selvagem.”

Então sim, nós já sabíamos que provavelmente teria um multiverso nas Crônicas Shadowhunters, por causa de Edom, uma dimensão alternativa criada quando Jonathan Shadowhunter se deu mal e todos os Shadowhunters morreram em uma versão da realidade. O lugar é uma terra deserta. Thule foi criado quando Clary foi morta durante “Cidade das Almas Perdidas” – então ao invés dela sobrevivendo e matando Sebastian, ele tomou poder e destruiu basicamente tudo. Ele queria queimar o mundo, e nessa versão, ele conseguiu.

Eu sempre planejei chegar a Thule, desde Edom, porque para mim Thule é uma dimensão alternativa muito mais interessante. Parte do que torna um universo alternativo uma maneira útil de complicar e aprofundar nossa compreensão do universo existente de uma série é a maneira pela qual as coisas que julgamos imutáveis são alteradas – Caçadores de Sombras desapareceram completamente, o vilão foi vitorioso – enquanto outros permanecem os mesmos , sublinhando conceitos de predestinado e destino. Ty e Livvy parecem destinados a perder um ao outro; o mundo está destinado à destruição se Clary não salvá-lo; Emma e Julian estão destinados a se apaixonarem em ambos os mundos, etc.

Muito do que importa em TDA é baseado em pequenos acidentes de azar e destino: mudanças de polegadas ou minutos poderiam ter salvado alguns personagens e condenado outros. A maioria dos livros nasce das perguntas “E se?”, e universos alternativos nos permitem perguntar “E se?” pela segunda vez. Eles ajudam a destilar a essência de uma história.

Ir para Thule também muda Emma e Julian de maneiras que torna possível para eles, mais tarde, serem persuadidos da maldição parabatai em vez de morrer. Não há nada como visitar um lugar onde tudo está perdido para abrir os olhos para o quanto você ainda tem a perder, e quanto você valoriza o que você tem. Eu não acho que os Blackthorns poderiam salvar Emma e Julian se eles nunca tivessem ido para Thule.

E por fim, uma das formas mais comuns de universo alternativo é, como em “A Felicidade não Se Compra”, “Como seria nosso mundo sem o nosso herói”. A trama “Sobrenatural” é essa; o futuro sombrio do “Exterminador do Futuro” é aquele em que John Connor não vive para liderar a revolução; “Stargate Atlantis” faz isso no episódio “The Last Man”, etc, e assim por diante. Como geralmente se concentra em como um determinado mundo teria desmoronado se um cara específico não estivesse lá para consertá-lo, eu queria fazer o mesmo, mas com Clary. A idéia de uma garota ser vital para salvar o mundo é tão estranha para algumas pessoas que existe um valor em simplesmente ver como tudo teria acontecido sem ela. Eu ouvi pessoas dizerem que Jace, Simon ou Alec poderiam ter feito o trabalho em TMI: Thule ilustra que ninguém poderia ter salvado o mundo nessas circunstâncias, exceto Clary. **

Há, de fato, tantos universos paralelos em filmes, quadrinhos, folclore e livros que é difícil identificar um deles como uma inspiração específica. A idéia do “futuro ruim” que resulta quando algo em nosso mundo dá terrivelmente errado é um elemento básico do gênero de fantasia, o suficiente para ter uma página no TV Tropes só para si! (Aonde descobrimos, perturbadoramente, que aparentemente existe um universo alternativo sombrio em “Sharknado”. Quem diria.)

Está definitivamente fazendo mudanças em um argumento clássico. Mas parte da razão pela qual os autores de gênero escrevem gênero de ficção é para que possamos ter a chance de fazer nossas mudanças em argumentos clássicos. É a base do que faz gênero de ficção ser gênero de ficção: os laços que a unem e a compreensão de que gênero de ficção veio antes do que você está lendo agora e que enriquece a experiência.

* Sem relação
** Eu acho que ela poderia ter feito sem seus amigos? Não. Mas eu também não acho que eles poderiam ter feito sem ela.

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Lembrando que tudo isso é a versão EM INGLÊS. Aqui no Brasil, a Galera Record ainda não divulgou capa ou titulo oficial do livro, somente dando a previsão de publicação para o ano de 2019. Se tivermos qualquer novidade sobre, iremos divulgar. Já para saber todos os extras que virão na 1º edição em língua inglesa, basta clicar AQUI.

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