28.05

Sinopse: Um assassino está a solta. Ele está na sua casa. E tem sede de sangue. Harry Hole está de volta para enfrentar o único assassino que escapou de suas garras.

Uma mulher é morta em seu apartamento depois de um encontro marcado pelo Tinder. As marcas no corpo mostram que a polícia está lidando com um assassino peculiar, quase sobrenatural. No pescoço, uma mordida brutal, com alguns fragmentos de tinta e ferro. Em toda a parte, indícios de que o criminoso bebeu o sangue de sua vítima. Logo em seguida outra mulher morre em condições semelhantes.
A equipe de investigação, agora liderada por Katrine Bratt, se vê pressionada pela mídia a solucionar esses casos o quanto antes. A repercussão é tamanha que o chefe de polícia, Mikael Bellman, precisa resolver os crimes o mais rápido possível para que sua reputação permaneça inabalada. Sua única saída é chantagear Harry Hole para trazê-lo de volta à Divisão de Homicídios. Ele não parece disposto a ajudar, mas semelhanças com casos passados colocam Harry frente a frente com o único monstro que já escapou de suas caçadas.

Eu gostaria de começar essa resenha pedindo profundas desculpas a Jo Nesbo porque quando eu comecei a ler o livro, eu pensei que não iria me prender, achei meio maçante e reclamei bastante disso, mas eu não podia estar mais enganada. O livro é o 11º da série de livros sobre o detetive Harry Hole. Me interessou de cara porque eu gosto bastante de livros que tenham certo suspense e gosto muito de assassinos em série e eu fiquei sabendo que para ler esse, não precisaria necessariamente ter lido os outros, então dei uma chance. A história começa com uma moça, Elise, que é encontrada morta em seu apartamento com boa parte do sangue drenado e com marcas que se assemelham a mordidas em seu pescoço.

A equipe de investigação é liderada pela detetive Katrine Bratt e eles não tem basicamente nada para começar: só o que eles sabem é que a moça esteve em um encontro que marcou pelo Tinder, que o assassino não forçou sua entrada na casa e que ele abusou sexualmente dela depois de ter matado a vitima. Tudo parece dar em um beco sem saída e é então que, levado pela mídia que fica muito em cima do caso – além de ter um vazamento de informações dentro da própria equipe de Katrine – e por querer não sujar sua reputação e ganhar o cargo de Ministro da Justiça, o chefe de policia Mikael Bellman decide chamar o ex-detetive Harry Hole para ajudar a solucionar o caso.

Porque a familiaridade favorece a empatia do público. É por isso que um ataque terrorista em Paris tem mais cobertura na mídia que outro em Beirute.

Harry Hole logo começa a fazer parte da investigação e ele não demora muito para notar certo padrão nesse assassinato que ele reconhece, parecido com o do único assassino em série que ele nunca conseguiu capturar e então essa caçada começa a tomar conta completamente da mente dele, uma coisa que várias vezes é comentada no livro, sobre como ele sempre se entrega demais aos homicídios e acaba deixando o resto da vida dele de lado, incluindo o relacionamento dele com sua esposa, Rakel.

Ele então monta um grupo separado da investigação de Katrine, pra evitar que novos vazamentos aconteçam e esse grupo conta com o novato Anders Wyller, o psicólogo Hallstein Smith e o técnico de pericia Bjorn Holm.

Porque somos incapazes de fazer qualquer outra coisa. Fazemos o que precisamos fazer porque somos quem somos.

Por notar como o esposo está entregue a esse assassinato – e mais outros que começam a ocorrer enquanto o livro vai seguindo em frente, Rakel não conta a ele que está doente, o que logo explode na cara dele quando ela vai parar no hospital em coma, o deixando apavorado e a ponto de deixar a investigação de lado.

O problema todo é que, quando ele tenta deixar a captura do assassino de lado, o assassino começa a atacar pessoas próximas a ele e então essa caçada se torna muito mais pessoal para Harry e ele não pode simplesmente deixar pra lá e deixar esse homem impune mais uma vez.

No meio disso tudo ainda tem o relacionamento de Harry com Oleg, filho de Rakel e que é aluno da academia de policia, que não consegue entender porque Harry não está lá com a mãe dele, ajudando a cuidar dela e rezando para que ela acorde, preferindo ajudar na caça pelo assassino, o que faz a relação deles estremecer bastante.

Todos desejamos a reparação de feridas que nos foram infligidas – disse Aune. – Ou vingança, que é basicamente a mesma coisa.

Como eu disse no inicio da resenha, por mais que esse livro tenha me chamado atenção por ser um livro meio de suspense policial, eu achei o começo muito parado e por isso acabei enrolando pra ler ele de uma vez só, mas conforme o livro foi passando e o mistério se desvendando entre as paginas, eu fui ficando cada vez mais boquiaberta em como Jo Nesbo é realmente um bom escritor policial.

São pequenas coisas que vão acontecendo que você pode até pensar que não faz muita importância naquele momento, mas quando chega lá na frente, você para e pensa “Meu Deus, como foi que eu não vi isso vindo?” Eu tive várias e várias teorias conforme fui lendo e confesso que levei um tombo maior que o outro. Apenas uma teoria que eu tive realmente era verdadeira, mas não posso falar assim porque é um spoiler muito grande.

A felicidade era como caminhar em gelo fino; era melhor quebra-lo e nadar na água fria e congelar e lutar para sair dela do que simplesmente esperar até despencar.

A única coisa que me incomodou no livro mesmo depois do inicio é que, como todos falavam que não era preciso ter lido os livros anteriores, eu não me preocupei em ler realmente, mas tem coisas no livro que realmente só iam importar para quem tinha lido todos, por exemplo, o espaço que dá pra todas as relações que existem entre eles.

Claro que eu não queria um livro apenas sobre o crime em si, mas tinham coisas que acabavam ficando “no ar” porque eu não entendia completamente os relacionamentos entre as pessoas, nem sobre as coisas que eles estavam falando que tinham acontecido antes. Um exemplo disso é o que eu falei ali em cima também, que é o fato de Harry sempre deixar a caçada pelo assassino subir a cabeça dele, que eles mencionam como se tivesse acontecido muitas outras vezes antes e, apesar de entender, fica meio no ar sobre o quão feio foi na ultima vez que isso ocorreu – a ponto dele se aposentar mais cedo.

Conviver tão de perto com o mal como nós dois convivemos corrói a alma. Pode não parecer para as pessoas, mas isso já destruiu parte de nós.

E, eu não tenho nem palavras pra começar a expressar o quanto eu me apaixonei por Harry Hole. Não só pelo livro em si, mas pelo personagem. Eu sempre tive uma queda muito grande por esses personagens que são inteligentes demais e ao mesmo tempo são ferrados demais com tudo na volta deles: em seus relacionamentos, em suas ideias de como fazer as coisas darem certo – e que no final das contas acabam complicando outras tantas coisas no meio.

Eu também gostei bastante de Katrine Bratt e de Stale Aune, que é um psicólogo também e amigo muito próximo de Harry, que até chega a ajudar ele em algumas partes da investigação – e partes bem importantes, diga-se de passagem.

“- Se quiser sobreviver, você precisa saber a hora de desistir.
Aposto que é um bom conselho. – Harry levou a caneca de café aos lábios e ergueu os olhos para Hagen. – Se você achar que sobreviver é assim tão importante.

Pra finalizar, eu queria dizer que eu recomendo esse livro para quem gosta bastante desses suspenses assim que você não tem nem ideia de como vai terminar. Claro, você pode até ter, mas daí acontece algo que você nem ao menos esperava e dar uma volta enorme na história e você sente como se tivesse levado um tapa com força no rosto, porque tudo estava ali na sua cara no final das contas.

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