18.05

Asiáticos Podres de Ricos
Kevin Kwan
Record – 2018

Best-seller internacional que inspirou uma das mais aguardadas adaptações cinematográficas do ano. Quando Rachel Chu chega a Cingapura com o namorado para o casamento de seu melhor amigo, imaginava passar dias tranquilos com uma simpática família. Só que Nick não mencionou alguns detalhes, como o fato de sua família ter muito, muito dinheiro, que ela viajaria mais em jatinhos particulares do que de carro e que caminhar de mãos dadas com um dos solteiros mais ricos da Ásia era como ter um alvo nas costas. Logo, Rachel percebe que não será poupada das fofocas e intrigas. Isso sem falar na mãe de Nick, uma mulher com opiniões bem fortes sobre com quem o filho deve – ou não – se casar. Um passeio pelos cenários mais exclusivos do Extremo Oriente – das luxuosas coberturas de Xangai às ilhas particulares do mar da China Meridional –, Asiáticos Podres de Ricos é uma visão do jet set oriental por dentro. Com seu olhar satírico, Kevin Kwan traça um retrato engraçadíssimo do conflito entre os novos-ricos e as famílias tradicionais em seu romance de estreia, que já fez milhares de leitores chorarem de tanto rir no mundo todo.

Quando eu vi a capa de Asiáticos Podres de Ricos tudo que eu consegui pensar foi “Audrey Hepburn” e logo em seguida pensei “preciso ler”. A capa realmente foi o que mais me comprou em questão de ler este livro, e eu nem mesmo havia passado o olho pela a sinopse dele, fazendo o que nós leitores nunca devemos, ou pelo menos sempre escutamos: “Não se julga um livro pela capa”. E realmente, eu não poderia estar mais errado sobre a história desse livro, o que eu imaginei e pensei que seria foi completamente diferente do que o livro realmente tinha oferecer.

Asiáticos Podres de Ricos, é o primeiro livro de uma trilogia que retrata a história principalmente de Rachel Chu, uma mulher de descendência asiática nada rica. Sua moradia? Nova Iorque. Rachel vive uma vida tranquila, sem nada muito louco (por mais que o título original em inglês meio que dê a entender isso) acontecendo. Ela tem um bom trabalho como professora, um namorado maravilhoso, Nicholas Young, que também é um professor e basicamente uma vida comum. Mas a história realmente só começa no momento em que nossa protagonista inicial descobre que seu namorado não é bem que diz que é, ele simplesmente não se passa do herdeiro de uma família podre de rica (piscadinha) em Singapura.

E sim, é um certo clichê e o clichê continua por todo o livro, a clássica história de ‘Cinderela’, onde o homem rico quer se casar com a garota pobre e ela não é exatamente aceita pelos seus pais, ou qualquer outro familiar. Esse livro me lembrou bastante de um (na verdade dois, se contarmos a sequência) filme que eu costumava assistir com a minha mãe na sessão da tarde chamado de “Um príncipe em minha vida”. Ele meio que segue a mesma história, com as mesmas “piadas” e “sacadas”, então de certa forma foi até mesmo um pouco nostálgico para mim ler o livro, parecia que eu estava simplesmente assistindo um remake do filme com um elenco completamente asiático e algumas mudanças.

Mas a parte interessante do livro realmente é como Rachel não é a única personagem na qual eles focam. O livro possui cinco narradores, por mais que a história comece e de certa forma se foque mais na Rachel, também ficamos sabendo dos acontecimentos pelos pontos de vistas do próprio Nicholas, da Eleanor Young, sua mãe, da Astrid Teo, sua prima fashionista, e o seu outro primo banqueiro, Edison Cheng.

Não é surpresa para nenhuma pessoa que me conhece e sabe mesmo gosto quando eu digo que meus pontos favoritos de ler foram os das mulheres, mais especificamente o ponto de vista da Astrid e da Eleanor. É meio maldoso talvez falar isso, mas mesmo com o andar do livro, eu continuava achando que Rachel, assim como muitos outros personagens do livro, não tinha mais dimensões do que o clichê de garota boazinha pobre. E devido a isso eu não consegui me conectar muito com a personagem, pelo menos até mais próximo do final, quando as coisas começaram a mudar um pouco e descobrimos mais sobre sua real história. Entretanto, eu sempre achava interessante ver as coisas pelos olhos complexos da Eleanor, e da glamorosa Astrid, que roubou total minha atenção. Eu diria que em um universo de Gossip Girl, ela seria a perfeita Blair Waldorf.

Agora em relação ao personagem que mais me surpreendeu, tenho que dar o título para Kerry Chu, a mãe da Rachel, uma personagem secundária que nem sequer tem narração, mas ainda assim conseguiu pegar esse local. Nós, leitores, nunca esperamos muito de personagens que são colocados como mães (e às vezes pais, mas geralmente isso são mais colocados como as mães) dos protagonistas, geralmente elas são retratadas como seres celestiais, incapazes de cometer erros ou de serem complexas. Que tudo que elas fazem é por seus filhos, e nada mais, e caso eles não sigam esse padrão, automaticamente são vilãs e devem ser vistas como tudo que há de errado no mundo. E por mais que Kerry ainda siga alguns desses aspectos, ela conseguiu quebrar o estereótipo na minha opinião.

Em conclusão, esse é um ótimo livro para quem gosta de intrigas de família, para quem gosta de universos luxuosos, que lhe lembram de filmes vintage ou de séries adolescentes como Gossip Girl ou até mesmo Sex and the City. A narração e a escrita de Kevin Kwan faz com que você consiga ler o livro quase que instantaneamente, por mais grande que seja, e a decisão de fazer capítulos intercalados dos personagens só melhora ainda mais esse aspecto. Assim que recebi o livro imaginei que levaria décadas para acabar, mas logo que comecei a ler, não consegui parar, pois a escrita simplesmente te prende, por mais que a história por grande parte seja o que você já esperava. Ele realmente te coloca no cenário, você realmente se sente dentro daquele mundo cheio de glamour, lhe cativando ainda mais.

Eu realmente vou querer ler as continuações, sem dúvidas. Consigo ver os livros continuando sendo consistentemente engraçados, pois é algo que vem da própria narração do autor. E espero que os outros dois livros venham para o Brasil o mais rápido possível, para que eu possa saber em quais outras situações Rachel irá se meter, e como ela vai lidar com todos os acontecimentos deste livro.

Importante ressaltar que Asiáticos Podres de Ricos também está se tornando um filme que tem previsão de ser lançado em novembro deste ano aqui no Brasil, e 17 de Agosto nos Estados Unidos. Caso tenham ficado interessados, podem checar o trailer do filme abaixo, eu realmente recomendo:

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