12.03

Sinopse: Depois de perderem sua mãe, Alphonse e Edward Elric tentam trazê-la de volta usando uma técnica de alquimia proíbida. Contudo, o princípio básico da alquimia é a ‘troca equivalente’, e tentar ressucitar alguém custa muito alto. Ed perde sua perna, e Al perde seu corpo. Ed consegue selar a alma de Al dentro de uma grande armadura metálica, dando em troca seu braço. Anos depois, Ed (com dois membros de metal) e Al (ainda preso na armadura) deixam a sua cidade natal.Ed, que possui um talento nato para a alquimia, se torna um alquimista com certificado nacional, e logo passa a ser chamado de ‘fullmetal alchemist’. Mas o verdadeiro objetivo dos irmãos é encontrar a pedra filosofal, na esperança de recuperarem os seus corpos originais. Logo eles descobrem que essa mística pedra, que pode nem existir, é visada não só por eles, mas como muitas outras pessoas também.

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– “Nada pode ser obtido sem sacrifício. Para se obter algo é preciso oferecer algo em troca de igual valor. Esse é o princípio básico da alquimia, a Lei da Troca Equivalente” –
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Não sei bem, mas acho difícil acreditar que alguém possa não conhecer ou nunca ter ouvido falar de FullMetal Alchemist. Uma vez que este anime (ou mangá, dependendo de como você teve seu primeiro contato) faz parte da lista dos Clássicos; Dos mangás e animes que superam os semelhantes e se tornam famosos até mesmo entre quem não gosta deste ramo de animação/leitura. Junto com Naruto, One Piece, Bleach, e outros tantos animes famosos…. FMA é um dos meus favoritíssimos. E hoje vou falar um pouco sobre BROTHERHOOD.

Uma pequena introdução: FMA-BROTHERHOOD é uma série animada de 2009 que segue fielmente a história do mangá (2001 – 2010) diferentemente da primeira série animada que recebe o título de “CLÁSSICO” para sua diferenciação. Na primeira adaptação temos uma história que (acredite se quiser) por um pedido da autora, pensando que apresentar a mesma história em duas mídias seria demais; deu liberdade para os produtores inventarem e acrescentarem coisas à sua história – que seguia firme no mangá, onde já possuía um final a vista e que acabou rendendo volumes além dos 21 esperados. Dessa forma o primeiro anime de FullMetal Alchemist acaba por não contar a história como ela é no mangá, mas com seu sucesso foi então decidido pela produção de uma nova série, a qual agora sim fosse fidedigna com a história.

Existe muito a se comentar sobre as duas versões; plots, personagens, situações, tramas e críticas que por si só seriam dignas de um post maior do que a Alta Cúpula de Idris me permitira fazer. Portanto tratarei somente do meu favorito, o Brotherhood.

O anime segue a história dos irmãos Elric, que recorrem à alquimia – tão minuciosamente estudada pelo pais dos meninos – para tentar trazer sua mãe de volta à vida. Entretanto os irmãos acabam não cumprindo uma das leis fundamentais da alquimia, a tal da TROCA EQUIVALENTE. E por não terem o que entregar em troca da vida que estavam pedindo de volta, Ed perde uma perna e Al perde seu corpo inteiro. Em desespero Ed descobre que não apenas perdeu seu irmão, como o que conseguem trazer a vida não é bem sua mãe e dá seu braço em troca da alma do irmão, a qual fixa em uma grande armadura de ferro.

Após este incidente, os meninos tomam como missão de suas vidas recuperar seus corpos originais e para tanto, Ed se torna o mais jovem dos Alquimistas Federais – Alquimistas que possuem permissão do governo para atuar em campo e efetuar pesquisas, além de eventualmente serem usados como armas em conflitos bélicos.

Em suas viagens Ed e Al acabam encontrando pessoas que alegam ter poderes milagrosos e resolvem investigar, usando sua posição no exército para esconder o verdadeiro objetivo de descobrir como recuperar seus corpos. Os irmãos encontram réplicas do material que poderia ajudá-los em sua busca, a Pedra Filosofal – lendária substância que concede vida eterna, e que possibilita a um alquimista ignorar a lei da troca equivalente – porém em sua busca os irmãos acabam encontrando informações sobre antigos massacres e tramas políticas, que faz com que ambos se envolvam em uma imensa guerra por poder.

Não vou falar muito mais que isso para que os (caso existam) que ainda não conhecem a história, assistam ou leiam o mangá!

O que posso dizer sobre a história é: De todos os animes que assisti e mangás que li, nunca fiquei tão tocado pelas mensagens transmitidas quanto fiquei com FullMetal Alchemist. Todas as aventuras e tramas dentro da história podem ser traduzidas em conceitos e informações que fazem respeito ao convívio mútuo e desenvolvimento social, ao meu ver, a história possui diversos patamares. Sendo um deles a representação de nós mesmos em busca de um objetivo – e tudo o que é feito nesse trajeto, e as escolhas que tomamos e por fim, a força de vontade que temos para alcançar nossa meta e o que fazemos uma vez tendo a alcançado.

Não saberia listar prontamente o que me cativou mais. São muitos fatores decisivos e que fazem muita diferença, mas dois deles são com toda certeza o fato de ser uma história que trata de assuntos místicos (pois como todo fã de fantasia não pude deixar passar uma história que menciona Alquimia e a Pedra Filosofal) e o teor de batalhas e lutas sobrehumanas com personagens de diversas habilidades (realmente não sei como chamar isso, mas algo me remete a alguma síndrome de super-poderes).

Uma coisa que me chama atenção e que DEVE ser citada quando falamos sobre FullMetal Alchemist é toda a “preocupação” que existe por trás das explicações de como ou porque as coisas são feitas e acontecem. Personagem não simplesmente lança bolas de fogo ou cria nevascas… tomando aqui o exemplo de um dos meus (e de todos, convenhamos) personagens favoritos, o Coronel Roy Mustang não cria chamas por simples e espontânea magia, ele manipula a concentração de oxigênio por meio do círculo de transmutação, e após isso usa uma faísca produzida por suas luvas especiais para gerar chamas. Eu simplesmente AMO QUANDO OS PODERES SÃO EXPLICADOS DE FORMA CIENTÍFICA – mesmo que levemente, isso acrescenta bem mais à história do que apenas alguém com poder de fogo.

Voltando à história, os personagens são habilmente criados para nos colocar em posições estratégicas – como você leitor de livros de fantasia deve muito bem saber, afeição aos personagens é rapidamente utilizada em favor do plot da história e tramas políticas são criativas, existe até mesmo momento em que você é deixado a duvidar de si mesmo ao gostar muito (ou não) de alguém – sempre com uma promessa de ter sigo enganado ou estar em vias de se surpreender com o que eles farão.

FullMetal Alchemist (Mangá) é um tesouro e sua versão animada, FullMetal Alchemist: Brotherhood, é ainda mais preciosa por proporcionar um outro nível para o apego e a auto-análise já proporcionada pelo mangá, e arrisco a dizer, de uma maneira que nenhum outro anime (Talvez NARUTO, mas isso fica para outro post) o fez.

Lembrando que recentemente a NETFLIX incorporou FULLMETAL ALCHEMIST – CLÁSSICO & FULLMETAL ALCHEMIST: BROTHERHOOD no seu catálogo de séries na sessão de animes. Você que não assistiu, acabou de perder a ultima desculpa para não ter assistido.

Assim, indico fortemente FMAB para qualquer um, só deixo aqui uma pergunta, que pode ser um desafio para responder: Qual seria seu tipo de Alquimia?

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3 comentários em “Crítica e Análise: FullMetal Alchemist: Brotherhood”



  1. Muito massa, obrigado pelo conteúdo! Você ganhou um seguidor, eu!

  2. Sempre adorei Full Metal! Seu texto também está excelente, obrigada!

  3. Nivaldo Dias disse:

    Eu e minha esposa fomos levados a ver o distinto pela minha filha de 15 anos. Brody, eu fiquei viciado no bendito. Realmente tem muita mensagem e me pergunto qual o motivo destes heróis não serem exibidos nas escolas para justamente discutir com as crianças a respeito do conteúdo filosófico? Vale e muito assistir seguidamente os curtos episódios, programa também para adultos.



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